domingo, 16 de setembro de 2012

Fãs xiitas, cagação de regra e essa necessidade de se Rotular

   Nerds, hipsters, otakus, gamers roqueiros, geeks, e * insira aqui qualquer rótulo da vez*. Em cada um desses grupos, há pessoas que usam esses rótulos para demonstrar individualidade, autenticidade, e vêem a popularização dessas coisas como uma tragédia, por causa de poser ( que nada mais é do que pessoas que estão mais preocupadas em se divertir com aquilo, do que em decorar histórias, biografias ou regras) . E aí passam a subdividir o grupo e a CAGAR REGRA. Basicamente, pessoas passam a construir sua própria Bíblia, cheia de regras para os outros 'poderem' ser aquilo que eles são( nerds, otakus, roqueiros, etc), começando toda uma disputa pra ver quem jogou mais jogos, viu/leu mais animes/mangás, decorou mais músicas, biografia e detalhes sórdidos sobre ídolos, e etc, gerando pensamentos e comportamentos bem retardados, tipo 'Rock'n roll, é tudo, funk e todo resto é lixo', briguinhas e reclamações bem inúteis sobre 'Anime ser ou não ser desenho' (é desenho); a exibição de animes/séries pela tv aberta, onde a maioria defende a legenda, xinga a dublagem, querem vetar a exibição, alegando que surgirão posers, e esquecendo que passaram a ver muito dessas coisas pela odiada tv aberta; e outras sobre música e afins, que quase sempre tem os envolvidos partindo pra ofensas pessoais, e opiniões são desconsideradas por a pessoa gostar de algo  fora daquele estilo. 
  Parece haver toda uma super-valorização de quem se encaixa em determinados rótulos, onde pessoas passam a se ver como a nata da sociedade apenas por gostar de seilá, jogar skyrim, ouvir Ramones e assistir Naruto, e ver todas as pessoa que não compartilham do mesmo gosto como escória,  indignos de respeito.  Pfvr, né. 
  Cansei desses 'Miimimi, odeio funk, Brasil, dublagem e TV aberta'. Desse elitismo imbecil oculto em discursos do tipo. Não quer que uma série seja exibida na TV aberta? Legal, compre os direitos autorais no lugar da TV, mas pare de tratar isso como se fosse o maior problema do mundo, e de usar isso como deixa pra exalar seu preconceito social e alienação, dizendo coisas como 'Agora os favelado vão começar a assistir, e vai surgir um poser, mimimi'. Esse discurso pró-legenda visa também excluir pessoas que supostamente não conseguem acompanhar legenda, porque pobres são analfabetos funcionais pra gente assim. Não faria sentido ter programas legendados na TV aberta só porque fulaninhos mimados querem isso. Suponhamos que um dia eu aprenda Japonês. Eu teria o direito de exigir que a TV aberta exibisse animes no idioma original, sem legenda, porque eu não gosto de ter letrinhas no rodapé tomando a imagem, ignorando que o resto do Brasil não fala japonês, e vou achar isso uma maravilha, porque só pessoas como eu, que fala japonês, verá?  Faça favor,  você não é ninguém pra se opor a isso. Não quer ver? Desliga a tv, continue assistindo tudo pela internet, mas pare de pentelhar em cima disso.
  Vejo gente falando que quem gosta disso, ou aquilo merece respeito, que quer amigos que gostem das mesmíssimas coisas.  Me digam que mundo não se tornou um lugar tão superficial assim. Não, uma pessoa não é legal porque tem um bom gosto musical (ou porque intitula seu gosto como bom), joga ou assiste o que quer que seja. O que faz alguém ser legal, ao menos pra mim, tá mais no modo em que ela lida com os outros, não os gostos dela.
 Há uma completa falta de sensatez ao expressar opiniões,  um preconceito com quem não tem os mesmos gostos, parece que o fato de alguém gostar de rock alternativo, por exemplo, a impede de gostar de rock clássico, e tô falando de duas coisa dentro do mesmo estilo musical que resultam em discussões 'sérias',  vou nem comentar fora.
Eu não tenho nada contra esse grupos, só contra esses comportamentos bem retardados, essa cagação de regra. Dá preguiça desses discursos de fanzinho irritado com a popularização das coisas que gosta. Se se identifica com tal grupo beleza, mas mas saiba que :
1- Cada um tem o direito de gostar do que quiser, do modo que quiser. Get over it! Se ela gosta de  funk e hard rock rock, não acha o Slash o melhor guitarrista do mundo, respeite. 
2- Não é seu gosto musical, o que você assiste ou joga, que te faz especial.
E se quiser, tenho 2 dicas:
1- Se quer discutir algo, melhore seu nível de argumentação. Parem com  isso de ' Baka, curte bandas gay, a dublagem vai atrair funkeiros favelados e blabla'  e passem a ter de fato argumentos.  
2-Não deixe que seu afã por pertencer a um grupo massacre sua autenticidade, te faça seguir regras, como, seilá, ler informações que você não tem interesse, ou esconder que gosta de certas coisas só porque aquele grupo despreza aquilo. Como diria Sue DEEWA ''Vê, esse é o problema da sua geração. São obcecados por rótulos'. Você não precisa de rótulos pra ser especial. Na verdade, eu acho que rótulos só distanciam as pessoas de serem de fato especias, porque a pressão pra se encaixar faz com que a individualidade se anule, com que fique todo mundo muito igual, com os mesmo ódios e paixões, mesmas ambições se tratando de sonhos de consumo, roupas, e tal. Você entra em uma página/fórum de rock, jogos, anime/mangás, tá lá, o mesmo ódio imbecil a funkeiros, aquele xiitismo sobre o que se  deve gostar  ou não pra pertencer ao não aquele grupo, opiniões bem tendenciosas  e etc.  E sobre isso, só tenho a dizer uma coisa: Tenho preguiça. Não se prendam a rótulos, antes de ser qualquer uma dessas coisas, sejam vocês, e tenham orgulho disso, se se encaixa ou não em rótulos é só detalhe.

Sei que estavam com saudades do blog, e bem, pra explicar a vocês,  esse comunicado:
 A partir desse mês, o chá não terá mais posts de dois em dois dias.  A maioria de nós, encontrou problemas para manter essa frequência de posts,  seja por falta  de inspiração, ou por estarmos bem atarefadas ultimamente. Portanto, deixará de existir um calendário estabelecendo a frequência dos posts. Tentaremos manter uma certa regularidade de posts. Espero que continuem de olho no blog.
Bjos e até a próxima.   

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

pessoas que são como o oceano pacífico


A parte mais difícil de crescer é se descobrir.
Às vezes você não gosta muito do que descobre.

Pessoas são tão complicadas. Como você é amiga dos seus amigos? Como você se apaixona por quem se apaixonou? Por que você se dá melhor com sua irmã mais velha do que com a mais nova? Por que você não se dá bem com seu pai ou com sua mãe? Eu não lembro de como comecei minhas amizades. Claro, eu sempre lembro de como eu as conheci, que foi na escola e tudo o mais, mas eu não lembro o ponto em que "viramos amigas" pra vida toda. Não lembro o ponto que começamos a conversar e definir que não éramos mais colegas, e sim amigas, amigos, amig@s. Mas, sabe, fazer amigos sempre foi, para mim, uma parte muito difícil.

Eu não falo de "ter amigos agradáveis, que se divirtam e te abracem quando você está precisando". Porque eu também tenho dificuldade para fazê-los, mas não é sobre eles que quero falar. Eu quero falar sobre essas pessoas que você simplesmente confia a sua vida. Você conta tudo a seu respeito (ou quase tudo). Eu tenho uma imensa dificuldade em fazer amizades desse gênero porque eu tenho uma imensa dificuldade em me abrir. É basicamente o tema desse post: pessoas fechadas.

Eu não sou tímida. Eu achei, por muito tempo, que eu fosse. Encolhida, de fato, para conhecer pessoas. Mas eu nunca fui. Eu também acreditei que era anti-social, mas eu nunca tive muitos problemas em me apresentar para novos coleguinhas de turma e mostrar a escola. Mas eu tenho todo um problema em "se abrir". Muitas pessoas são assim: fechadas. Elas não são necessariamente tímidas, antipáticas ou anti-sociais. Elas estão por aí fazendo muitas amizades, se derramando em simpatias e sorrindo amigavelmente para você, mas então depois de três, cinco, dez anos, você percebe que ela nunca chegou para você e disse algo realmente pessoal, profundo até os rins.

Essas são as pessoas fechadas. Bem-vinda ao nosso universo.

Bem, a gente sempre divide a humanidade em muitos grupos. Em bonitos e feios, altos e baixos, legais e chatos, e por aí vai. Acontece que nem tudo é preto e branco, e há os cinzentos, e pessoas fechadas estão nesse cinzento. Elas podem vir de muitas formas. Elas podem serem cantoras super cheias de carisma, sempre ocupadas mandando beijinhos aos seus fãs, ou podem ser aqueles velhinhos enrugados e solitários que moram em mansões assombradas. Mas então você pode descobrir que aquele velhinho não é fechado, somente solitário e que ele vai se derramar em lágrimas se você lhe perguntar de sua falecida esposa. E você pode descobrir que aquela cantora que tu tanto ama chora escondida todos os dias porque somente sozinha, consegue encontrar paz para ser ela mesma. Pessoas fechadas existem de muitas maneiras, e essa é uma das coisas que você deve saber a respeito desse grupo tão simbólico, tão complexo de entender.

Como lidar com elas? Basicamente é muito simples. Não encha o saco delas. Não insista em saber da vida delas. Não pergunte muitas coisas. Talvez ela esteja super inspirada para te contar cada detalhe de memórias da infância, mas isso não quer dizer que você as conheça. Porque pessoas fechadas, assim como todas as pessoas, são um poço muito, muito profundo de coisinhas minúsculas. Cada ser humano é um oceano cheio de pensamentos, angústias, medos, esperanças, mágoas. O negócio é que pessoas abertas e tudo o mais são tipo aquele oceano que você explora o tempo todo e sabe o que tá rolando. "Ah, grande novidade tubarões no Atlântico, todo mundo sabe que tem". Mas pessoas fechadas são como o Pacífico. Você simplesmente se assusta com os bichos de lá. Você não faz a mínima idéia do que tá rolando lá, então cada nota científica sobre uma nova espécie de peixe super bizarra que brilha no escuro é uma grande surpresa para você, sua leiga em biologia marinha. Você não as conhece. Até sabe das melhores rotas e tudo o mais, mas as profundezas são um mistério. O que encontrará nelas?

Isso é um melanocetus johnsonii, encontrado em profundidades super profundas.

Dica: você jamais conseguirá com um barquinho raquítico e um arpãozinho meia-tigela. Tente uma roupa de mergulhador de verdade, por exemplo.

Pessoas fechadas tendem a selecionar bem as pessoas em quem confia. Há os amigos: pessoas que elas amam, cuidam, querem todo o bem. E há os amigos em que elas confiam integralmente e se permitem serem um pouco aberta. Primeiramente, é necessário todo um jogo de confiança que não pode nunca ser quebrado. Pessoas fechadas tem pavor de verem suas coisinhas jogadas ao conhecimento geral. Elas selecionam muito bem o que vão contar e como vão contar: controle total de informação. Informação é poder, nós sabemos disso. É uma dica que rege até mesmo a arte militar e deve ser usada na nossa vida social também. 

Não force a barra. Nunca pergunte mais do que o necessário para estimular uma resposta. Sempre faça as perguntas certas.

"Você está bem?"

Provavelmente ela dirá: "estou". E o assunto morrerá.
Se você a conhece um pouco, chute algo que poderia preocupá-la. Um ex-namorado. Uma amiga. A escola. Seja mais específica. Ou não seja nada. Saia de perto e deixe ela quietinha, na fechadez do mundinho dela que ela não vai te odiar por isso, prometo.

todos já se sentiram assim algum momento. você não é exceção, querida.

(eu tenho a breve teoria de que há pessoas que se acreditam fechadas, mas não são realmente. Uma pessoa que vive reclamando que ninguém a ouve ou que ninguém se importa com ela, e por isso ela finje um sorriso, não é realmente fechada. Ela está é louca para se abrir e não encontra oportunidades para isso. Pessoas fechadas tendem a agradecer que pouca gente se importa a ponto de perguntarem para elas, de verdade, e dizem "estou bem" para perguntas como "você está bem" na maior cara de pau e acham que é o suficiente.)

Pessoas fechadas não são tão difíceis. Falando por mim mesma, somos um tanto diferentes. Eu sou muito observadora, mas há pessoas que se trancam em seus problemas. Eu sorrio e ouço problemas, mas há quem prefira se fechar para todos de uma vez. A única coisa em comum é a noção de que sentimentos são algo realmente pessoal. Nossos tumblrs tem mais imagem do que tudo, porque textos revelam demais, nunca compartilhamos indiretas no facebook, especialmente as sentimentais, e nunca contamos absolutamente tudo a nosso respeito para ninguém. 

E selecionamos as informações ao nosso respeito até mesmo em diários absolutamente secretos.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Scars make us who we are

“Um dia você vai amadurecer e isso não vai mais acontecer” eles dizem. “Um dia você vai aprender a gostar de estudar e ser responsável” eles dizem. “Um dia você vai se preocupar com o preço da laranja e toda essa coisa de incerteza a respeito da condição humana vai passar” eles dizem.

Mas assim: eu não posso escolher se eu quero ser uma Adulta Madura e Responsável?? Num momento da minha vida vão chegar uns caras mascarados e injetar maturidade em mim??? Ou eu vou simplesmente aceitar que o-mundo-é-assim e que meus-sonhos-eram-ridículos???

E aceitar isso ou não depende de mim, mas é tão mais fácil aceitar as coisas. Te dá estabilidade, e tudo que a gente quer é estabilidade. Mas a questão é que nunca ninguém vai ter estabilidade porque todo mundo morre no final, ou seja, se você viveu sua vida toda se conformando ou não não faz diferença ALGUMA pro mundo. Mas faz pra alguém: pra você.

“É impossível viver sem fracassar em algo, a menos que se viva com tanta cautela a ponto de nem sequer viver de verdade e, aí, o fracasso é óbvio.” J.K. Rowling

Sei lá eu amo essa frase porque ela diz exatamente o que eu sempre achei e me acusa tremendamente. Eu faço isso, você faz isso, as pessoas que falam sobre o preço da laranja fazem isso. É tão difícil e dá tanto medo sair por aí tentando as coisas e tentando viver que é mais fácil ficar em casa e esperar a vida cair sobre a sua cabeça.

Mas daí ela vai cair sobre a sua cabeça e no final das contas você vai ter deixado de fazer as coisas por medo de fracassar nelas, e daí você culpa o mundo e a vida pois ambos são tão difíceis. E é claro que eles são, mas eles estão aqui e você deve lidar com isso. Reclamar do quanto a vida está moldada não vai te fazer livre do molde, sair dele sim.


Mas dentro do molde há sombra e água fresca. Há uma cadeira confortável e cookies. E fora dele não, mas sei lá, você que escolhe o que você quer: continuar no molde com seus confortos ou sair dele e enfrentar as conseqüências. Você que escolhe quais conseqüências te incomodam mais: a instabilidade ou o preço que você tem que pagar por sua estabilidade.


Existem sentimentos ruins e existem sentimentos bons. É claro que você prefere os bons, todo mundo prefere os bons, mas o preço deles são os sentimentos ruins. Porque como você saberia se um sentimento é bom ou não se você nunca experienciou os sentimentos ruins?

E assim: você pode escolher crescer dos sentimentos ruins ou deixar eles te abalarem pra sempre e te impedirem de tentar novamente. Depois de cair da escada e quebrar a perna você pode ou nunca mais subir na escada ou simplesmente tomar mais cuidado da próxima vez. Como disse o lindo e sábio e maravilhoso Adam Lambert, “Scars make us who we are”.

E sei lá, a escolha é sua, na verdade. Ou você fica olhando pro céu esperando pelo dia que você vai ter a oportunidade de voar, espera pelo dia que vai ter a coragem de abrir as asas pela primeira vez, espera pelo dia que isso nem vai mais importar afinal voar nem é tão bom assim OU você simplesmente abre as asas agora e cai, e cai e se machuca e machuca, mas no final das contas um dia você vai ter voado. Graças às suas cicatrizes, você estará onde sempre quis estar. O fracasso só vem com a tentativa, mas o sucesso só vem com a tentativa também.

Não tenha medo da queda. Tenha medo de nunca ter tentado voar. Não se conforme.

Ou sei lá, faça todas essas coisas. A vida é sua e as conseqüências dela são suas.

Você é quem escolhe se vai ser uma pessoa madura e adequada e que simplesmente ignorou as coisas que costumavam te fazer feliz ou se você vai procurá-las e ser uma criança idiota para sempre, sempre sonhando, sempre inconformada e sempre tentando.

Porque pra mim, da maneira que dizem, amadurecer significa se conformar com as coisas mais idiotas. É claro que você tem que se conformar com algumas, mas você precisa entendê-las e aceitá-las como as melhores coisas pra você antes. Ou simplesmente ver que as coisas não mudam. Porque o mundo funciona assim, a vida funciona assim, mas isso não significa que você deve viver dessa maneira. Existe uma sociedade e ela tem regras, mas ninguém te obriga a seguí-las. A dificuldade existe. Mas dificuldades podem ser ultrapassadas. Você escolhe o que vale mais a pena, meu caro.

Porque é mais fácil falar para si mesmo que não tinha a capacidade de voar, que tem algo de errado com suas asas. É fácil se esconder atrás dos defeitos, mas o fácil nem sempre é o certo. O ideal é conviver com suas limitações, transformá-las em forças até. Porque essas limitações são aquelas das quais não tem como se livrar, então transforme o limite naquilo que te faz ir mais longe. Transforme sua fraqueza na sua força. E faça o que você quer. Viva de acordo com seus princípios porque você é você, você deve seguir aquilo que você pensa e não o que os outros pensam. E se lembre: você é uma pessoa, assim como todas as outras. Aquelas que te limitam e aquelas que te ajudam a superar os limites. Como elas, você tem o poder de fazer você mesmo ou se limitar ou superar os limites. E como eu disse um bilhão de vezes aqui nesse post: a escolha do que você vai fazer é sua.

Amadurecer é se conformar com as besteiras do mundo porque é mais fácil. É se preocupar mais com o preço da laranja do que com o quão ridículo tudo é. E sinceramente? Não quero me importar nunca com o preço da laranja.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Psicopatas: Estão em todos os lugares


        Não sei vocês, mas eu morro de medo de gente psicopata, sério mesmo. Vê-se no jornais casos de carnificinas, abusos, homicídios e todo tipo de barbaridade que simplesmente não dá pra acreditar que foi obra de gente normal, com todos os parafusos no lugar, como eu e você (partindo do pressuposto de que não é um psicopata que está lendo, se for, não se sinta atingido de forma negativa E NÃO MATE MINHA FAMÍLIA E MEU CACHORRO E ). Mas o que mais me assusta é que esses psicopatas do tipo criminoso (Que os especialistas chamam tipo “predatório”) são apenas um tipo de psicopata. 
        Em suma, psicopatas são pessoas mal intencionadas. Não dá para saber se ele quer te matar ou apenas levar vantagem em alguma coisa, e te usar como artifício para receber tais benefícios, causando estragos no ambiente social. A maioria deles passa a vida inteira sem chamar atenção, apenas manipulando as pessoas, se utilizando delas para se dar bem. A dissimulação é um dos principais sintomas da psicopatia, mas sempre encoberta pela simpatia e carisma. São os chamados tipos “parasitários”.

        Eles estão em todos os lugares. Pode ser aquele amigo grudento, que está sempre te ligando, aparecendo em sua casa, e não adianta conversar e dar um “chega pra lá”: Se for apenas um amigo chatinho, pode funcionar, mas o psicopata não vai ligar pra isso. Ele estuda tanto sua personalidade que consegue ser tudo aquilo que você enxerga como um amigo de fé, conquistando assim sua confiança. Ele vai fazer questão de te afastar de outros amigos, família, namorad@, tudo para ter os benefícios só para ele. Não há jeito de manter um relacionamento com um psicopata sem se ferir um pouco.


        Um ambiente muito favorável para a “camuflagem” de psicopatas é o corporativo, pois dão abertura a seu processo de manipulação de inferiores por meio de atividades que envolvam sua liderança. Eles são egocêntricos e mandões, características muito procuradas nas empresas por aparentarem ser estáveis (menos psicologicamente, já que nesse sentido são altamente instáveis). O psicopata tem um talento enorme de enganar, pois são convincentes e encantadores, mentem com o maior sangue frio possível. Mas se o comportamento dele não prejudicar a empresa em geral, provavelmente vai estar machucando uma pessoa ou grupo específico. Fazer coisas erradas, todo mundo faz. Mas o que diferencia o psicopata do “todo mundo” é que um erro não vai fazer com que ele sofra. 
        Em geral, pensam que são impunes, e insistem em cometer o mesmo erro e ainda se gabar por eles, cheios de orgulho. E é importante ressaltar que não existem apenas adultos psicopatas, os primeiros sintomas começam na infância, quase sempre.


        E como lidar com eles? Em primeiro lugar, fique atento às mentiras contadas, e ouça a voz da razão. Se alguém de fora apontar falhas e disser umas verdades sobre o possível psicopata, abra os olhos e tente perceber se condizem com a verdade. Ele pode já ter te manipulado ao ponto de você não perceber tais falhas.
        Preste atenção também na ausência de emoções. Como já foi dito, psicopatas são frios e insensíveis. Não possuem emoções, e nem conseguem destinguir emoções nas pessoas ao seu redor. Para a neurologia, a coisa é mais objetiva: os “circuitos” do cérebro de um psicopata são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal. Se acontece alguma tragédia na família e ele não parece se abalar, quando deveria, desconfie. Além disso, em geral possem uma inteligência acima da média.
        Para a Organização Mundial de Saúde, OMS, a psicopatia é uma doença, uma deficiência. Outros termos que podem ser utilizados são sociopatia e transtorno de personalidade anti-social, e segundo alguns psiquiatras especializados, de 1% a 3% da população tem essa doença. Porém, desses, poucos são violentos, a maioria não comete crimes, apenas desapontam as pessoas com quem convivem.
        Enfim, provavelmente todos nós conhecemos um psicopata em algum ponto de nossas vidas. Mas isso não quer dizer que eles vão nos matar ou matar nossa família. Porém, na melhor das hipóteses, eles vão abusar da nossa boa vontade, dinheiro, status, ou qualquer coisa assim. Provavelmente você tem alguma coisa que ele queira, e foi isso que fez com que ele se aproximasse.
        Eu particularmente suspeito de pessoas que conheço (nenhuma muito próxima, ainda bem.), e principalmente, de umas “amigas” das minhas amigas. Mas já deixei claro para elas minhas suspeitas. Não há muito que eu possa fazer, e francamente, nem elas. A saída é estar sempre atenta mesmo, e se afastar dos “suspeitos”, rs.
        Bem, espero que tenham gostado do post. Todas as informações aqui foram tiradas de reportagens da revista Superinteressante (eles têm uma fixação com esse tema! Sempre publicam coisas relacionadas.) e de conversas com minha irmã, rs. É isso. Beijos e tomem cuidado com os psicopatas da vida, hein? :P

domingo, 26 de agosto de 2012

o preço do vazio


Em uma sociedade tão individualizada como a nossa, é preciso cada vez mais alguma coisa pra nos agarrarmos, para não nos perdermos completamente com a percepção de que estamos sozinhos. Por isso, é tão comum vermos jovens parecendo verdadeiros clones por usarem roupas e cortes de cabelo similres, agindo da mesma forma.

   A moda, assim como o futebol e a música, une as pessoas, que se prendem a isso como se fosse sua salvação, sua única esperança. Nos apegamos a um assunto que nos liga a outras pessoas e que nos garante aceitação em um certo grupo para perdermos o medo de ficarmos sozinhos. Muitos mudam seu jeito de ser apenas para não serem solitários.

   Vivemos de aparências, não mostramos quem realmente somos para não sermos julgados, para não nos destacarmos no meio de uma multidão homogênea, o que é contraditório com nosso modo de vida capitalista e individualista. Abrimos mão de sermos nós mesmos para sermos parte de um grupo, no qual aparentamos ser quem querem que sejamos.

   Sendo pessoas vazias e superficiais, precisamos preencher o "buraco" que temos dentro de nós, o que nossas falsas amizades de plástico não podem fazer. Como? Comprando. Enchendo nossas casas para tentar encher nosso vazio existencial. Trabalhando em empregos que odiamos para comprar coisas de que não precisamos e impressionar pessoas de quem não gostamos.

   O preço do vazio é caro demais para todos e é cobrado em dívidas no cartão de crédito, depressão e, muitas vezes, com a própria vida. O mal do século não é o amor, como dizem, e, sim, a falta dele. A falta de amor-próprio que nos traz tantos problemas.

Texto escrito por Vivian Gotelip. Obrigada, Vivian!
Você também quer ter um texto seu aqui? Mande-o para chadas9blog@gmail.com !


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

como ser top na balada nas redes sociais


Olá, pessoinhas saltitantes e não-saltitantes :)

Na segunda-feira eu ministrei uma oficina de "como criar um blog" junto com três colegas meus em um evento da minha escola, então eu tive que ficar acompanhando o que meus "aluninhos" faziam. E eu cheguei à uma conclusão:

o ask.fm tá b o m b a n d o.

Não sei vocês, mas na minha escola t o d o s tem um ask.fm. É o portal das fofocas, dos babados e confusões. O "quem é o anônimo que me enche o saco" é o Garota do Blog da minha escola, multiplicado várias vezes porque, claro, todos os ask.fm tem anônimos curiosos e esperançosos. E então - essa é a parte mais legal pra mim, que amo analisar comportamento humano - as pessoas mudam. Pessoas que, ao vivo e em cores, são uma coisa viram outra no ask.fm. 

Eu apenas queria falar sobre esse site e seus efeitos.

Antes tinha o Formspring que ainda tem, mas parece que não tem a mesma popularidade. Talvez porque, na época, não tinha essa coisa de que tudo que você posta no ask.fm vai pro facebook e do facebook pro mundo. Hoje é tudo assim, todos os sites estão ligados: você rebloga no tumblr, o twitter twitta isso e o facebook pega esse link e joga lá e todo mundo: do povo do tumblr até o do facebook vê suas reblogagens diárias. Acho apenas desnecessário e desativo tudo (especialmente meu tumblr, ok). Então o ask.fm facilita muito, porque tem importantíssimos fatores que são

a pessoinha anônima
a facilidade da integração com o facebook, rede social top da balada neste exato momento

Esses dois fatores facilitam muito. E aqui entram as minhas muitas perguntas a respeito:

Se a pessoa pode deletar perguntas, porque ainda assim ela responde xingando às perguntas idiotas?
Por que, minha nossa senhora da bahia, as pessoas tem a N E C E S S I D A D E de contar suas tristes histórias (ou a dos seus pais) para quem manda ask xingando?
Por que, Merlim, pessoas querem se sentir top na balada dizendo coisas como "sua mãe mediu ontem, pergunta pra ela" para pessoas que perguntam o tamanho do seu pênis?
Por que, socorro, as pessoas tem tanta necessidade de parecerem fodonas?

Veio por meio desta fazer um apelo:

não se passem por fodonas na internet. É constrangedor. É realmente MUITO constrangedor ver as menininhas dando indiretas no facebook pros seus casinhos. Você começa respondendo "NÃO SOU QUE NEM ESSAS VADIAS BJ" pra quem te critica porque você escolheu ~ esperar em deus ~ e daqui a pouco tá fazendo vídeo dizendo FULANA, SAIA DE PERTO DO MEU NAMORADO QUE É MEU, SUA ESCROTA e é, tipo, vergonha alheia (pra quem questiona o absurdo disso, fique sabendo que esses vídeos JÁ foram feitos há séculos. Duma menina que diz "durmo com paetê" como se isso fosse algo super ryco). Usem askfm o quanto quiserem, mas não tentem sambar em cima da sociedade em cima de gente que já foi sambada há séculos. Não tentem dar uma de ~ tenho moral bj ~ quando você não tem moral. 

essa é a minha expressão ao ver vc tentando pagar de fodona

Isso vale pra todas as redes sociais: facebook. twitter. tumblr. (socorro, o tumblr: pfvr, pare de responder aquelas asks escrotas com sua triste e solitária história. sério. dá vontade de matar você só pra que sua triste história tenha um fim bem trágico e ponto final)

(eu agradeço também, sendo beeeeeem egoísta e narcisista e achando que o mundo gira em torno da minha vontade, se vocês pensarem duas vezes antes de reblogarem/compartilharem aquelas tosquices de Ele diz, Ela diz, Ele ama, Ela tb. Porque é tosquíssimo. Muito mesmo)

E então, eu aprendi nessa semana que ask.fm é o instrumento mais útil do mundo caso a pessoa tenha um e você queira stalkeá-la (conjugações do verbo stalkear, Aurélio deveria adicionar). As pessoas realmente se abrem. Elas podem não dar os nomes aos bois, mas dão as pegadas e dá pra você seguir por elas. Logo, descubra o facebook e o ask.fm e então você descobrirá tudo da pessoa. Você perceberá que tipo de pessoa ela é. Não esqueça de fazer a anônima caidinha e depois se declarar e ver no que dá. Ok, não.

Bem, aqui termina meu ~~ ask.fm o que é essa nova mania descubra mais no Google Reporter ~~ e começa meu post sobre - redes sociais -

O Brasil é um dos países que passa mais tempo em frente ao computador, conectado à internet. Somos viciados em novas redes sociais, e já se conhece nossa tendência de monopolizar as coisas. O Orkut era tomado por americanos até que tomamos tudo. O Facebook é a mesma coisa. Algumas pessoas o d e i a m isso. Acham que estragamos os sites, mas eu apenas considero que somos brasileiros e que português não enfeia site nenhum. E, além de quê, conteúdo ruim por conteúdo ruim, os gringos também tem e nem por isso achamos horrível que haja gringos nos mesmos sites que usamos. Redes sociais é algo que amamos. Nós amamos o Orkut. Nós amamos o Facebook. Também amamos o Ask.fm, o Twitter, o Tumblr e todos os possíveis sites que ainda virão. Basta que dê espaço pra dizer o que pensa.

Porque a gente ama se expressar. Nós sentimos essa necessidade de se expressar.

Mas o Brasil ainda é muito rudimentar no que se trata à leis. O governo não está preparado para uma população que está se informatizando cada vez mais, se expressando em diversas vias alternativas, e questionando muito muitas coisas. O próprio povo não está sabendo lidar com isso. Nas últimas eleições, povo cansou de xingar ~ les nordestinos ~ por ter eleito Dilma, mas ninguém se deu ao trabalho de verificar que mesmo sem Nordeste na parada, Dilma tinha vencido. Mas esse é o problema: vocês estão usando muito o facebook e se esquecendo de usar o Google. As pessoas usam muito redes sociais, mas não sabem usá-las. Não fazem idéia de como o conteúdo deve ser postado e ignoram completamente que a internet é só mais um meio de expressão, mais democrática que a TV, mas está sujeita sob as mesmas regras.

Historinha pessoal: aos doze anos, eu criei um blog naquele coiso de SpaceMSN. Eu dei pseudônimos pra minhas coleguinhas e xinguei uma delas em especial. Eu não usei palavras de baixo calão, porém a critiquei chamando ela de metida, insuportável, esnobe e uma série de coisas assim. Disse ainda que a mãe dela, que era a coordenadora do colégio, era legal demais pra filha que tinha. Eu usei pseudônimos. Eu criei o blog fora da escola, em uma lan house. Eu não espalhei pra ninguém, era algo bem quieto. Mesmo assim, eu fui pra coordenação no instante que uma das professoras descobriu meu blog. Tive que deletar o conteúdo e pedir desculpas - uma das coisas mais humilhantes que já passei. Eu não entendi muito bem o porquê de eu ter sido punida - pela coordenadora e por minha mãe que me proibiu de ir na lan house por um bom tempo - mas hoje, olhando pra trás, é fácil perceber que o que a gente faz na internet tem um peso enorme em nossa vida.

O ask.fm não é apenas um site. É um espaço no qual pessoas distantes ou mesmo que estudam contigo te manda mensagens anônimas ou não para que você responda. É um espaço público no qual pessoas interagem entre si, tal como uma escola ou uma festa. O facebook, o twitter, o tumblr, o orkut e tantos outros sites são a mesma coisa: espaços de interação humana. São meios que você se expressa.

E, por isso, você deve ser capaz de lidar com as consequências que sua expressão causar.

Apenas pense nisso. Antes de compartilhar coisas da sua vida pessoal no facebook ou ask.fm, pense se você consegue lidar "na vida real" com pessoas sabendo disso. Pense apenas no que aconteceria se as coisas que você faz caíssem no colo de seus pais. Seria de boa? Ou seria algo muito, muito ruim? Proteja o que for realmente privado. Poupe seus contatos do que for desnecessário. Divulgue o que realmente importar.

E se divirta. Com consciência ♥

minha vida, sorry

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cotas, ensino médio, vestibulares, e suas inutilidades

Notícia batida, mas se você vive no Acre, ou nos confins dessa galáctea, não deve saber que semana passada o Senado aprovou o projeto que reserva 50 % das vagas das Universidades Federais e escolas técnicas do país, despertando grande polêmica, indignação,  aplausos, e toda sorte de sentimento.
Sim, todo mundo sabe que a qualidade da educação é que precisa melhorar. E isso levaria o quê  se as devidas medidas já estivessem sendo tomadas desde já? 20, 30 anos. O que fazer com todo o contingente de alunos oriundos de escolas públicas existentes? Pedir pra esperar até que a educação melhore, ou reconhecer que há desigualdade no ensino de um escola particular e pública, assim como em todo o contexto da vida desses alunos que estudam nessas duas diferentes redes? Tem outra medida melhor a curto prazo que não envolva reconhecer isso, e dar lugar a alunos inteligentes e capazes de ingressar no ensino superior, mesmo que seu desempenho no vestibular não tendo sido superior a de alunos que estudaram a vida toda pra isso? O ideal era que todo mundo pudesse ter acesso a uma educação gratuita de qualidade e que quem passasse no vestibular, passasse por 'mérito'. Mas é só o ideal.

'Mérito', assim, entre aspas, por 2 motivos:

 1)Eu realmente não vejo tanto mérito assim em se passar no vestibular. 
O vestibular tal qual como conhecemos, não passa de um sistema que preza a decoreba e desvaloriza  a  inteligência e raciocínio lógico, forçando alunos a 'aprenderem' milhares de coisas inúteis que nossa memória humana fará questão de deletar em meses. Fazendo com que todo ensino médio, principalmente o de escolas particulares, seja voltada pra aprovação nesse. Resultado: Um ensino médio sobrecarregado,  que explora uma abundancia  de conteúdos, sem muita profundidade, sem jamais ajudar os alunos a desenvolver e trabalhar o raciocínio lógico, porque o vestibular não preza isso. E, acredito que o MEC, notando isso,propôs um novo currículo do ensino médio. Você podem conferir como ficará o currículo aqui. Eu torço pra que ele seja aprovado, porque ele ira desenvolver um ensino menos fragmentado,
interdisciplinar. Chega desse ensino que tira os assuntos abordados de todo o contexto, que nos tira a visão holística do conteúdo. Se você for em uma sala de aula do ensino médio, verá que a dúvida que mais permeia a cabeça dos alunos é pra quê que servirá aquilo. Acredito que uma abordagem mais interdisciplinar e uma revisão do que será proveitoso explorar ou não no ensino médio, sanará essa angústia que a maioria dos alunos tem. 

2)Nós não temos essa educação de qualidade. Não há mérito algum em se ganhar uma corrida quando o ponto de partida de um foi a frente do outro. Como dizem, não há meritocracia sem igualdade de pontos de partida. A realidade de um aluno de escola pública é completamente diferente da de um aluno de escola particular. Um aluno que tem acesso a cursinho, boas escolas com educação voltada pra aprovação no vestibular, toda sorte de material didático disponível, e tempo pra estudar, tem chances mil e uma vezes maiores de ser aprovado que aquele que teve a vida acadêmica marcada por greves, falta de material didático, e falta de tempo pra se dedicar exclusivamente aos estudos, tendo, muitas vezes, que conciliar os estudos com trabalho/estágio. Não há como negar que não há oportunidades iguais.  A maioria acredita naquele velho clichê hollywoodiano de que se você quiser muito algo, se esforçar, os astros conspirarão a seu favor e tudo dará certo, mas a vida real é bem diferente. Esforço não significa vitória, e o melhor que um estudante de escola pública pode fazer no contexto social que vive,  não é igual ao melhor que um estudante de escola particular, que tem um ensino voltado pra a aprovação no vestibular, pode fazer. Sim, existem exceções, mendigos que passaram na USP, em excelente posição e seilá o quê, mas eles são exceções.   80% dos alunos brasileiros estudam em escola públicas, apenas 20% estudam em particulares. Mesmo os alunos de escolas públicas sendo maioria, curiosamente, observa-se a predominância de alunos oriundos de escolas particulares nas universidade públicas que não haviam aderido ao sistema de cotas. Será porque é porque essa imensa maioria de alunos é burra, incapaz, não se esforça? Ou será porque a esses 20% desfrutam de um ensino voltado para aprovação no vestibular, enquanto os 80% tem uma educação decadente. Não dá pra fechar os olhos pra isso. Se uma minoria se torna maioria em um espaço como as universidades é porque há algo errado nesse sistema. Aprovar as cotas é reconhecer que há desigualdes. É tentar corrigí-las. Sim , a grande solução está na melhoria da educação como um todo,
mas enquanto isso não chega, o que faremos? Fingir que vivemos em uma real meritocracia e encher as universidades públicas de pessoas que estão lá principalmente porque tiveram dinheiro pra financiar o custo de chegar lá?Porque como a educação se tornou um grande comércio, onde escolas e cursinhos faturam rios de dinheiro ensinando mil e uma decorebas em cima da promessa de aprovar no sonhado vestibular, acaba aprovado quem pode pagar mais. E quem não teve o luxo de estudar em boas escolas, ter cursinho, como a maioria dos alunos brasileiros, acaba dançando. 
Não, meus caros, isso não é uma meritocracia. 
E antes que caiamos na falácia de que cotas baixarão o nível das universidades, isso é uma inverdade. Estudos em universidades como a UFRJ, que adotaram esse sistemas há alguns anos, mostram que o desempenho de cotistas é similar ou até superior ao de não cotistas. Há um nível elevado de evasão nos primeiros semestres, mas os que ficam tende a acompanhar o ritmo. 
E não vejo injustiça alguma com cotas, já que na prática, alunos oriundo de escolas particulares, competirão com alunos que tiveram as mesmas oportunidades, e alunos que teve acesso a um ensino semelhante em deficiências e qualidades. Cada grupo acaba competindo entre si.
Bem, e vocês? O que acham das cotas, dos vestibulares, do ensino médio, da Vida, do Universo e Tudo o Mais?

Obs: Hoje é aniversário de uma garota  DEEWÉRRIMA, que escreve  textos bíblicos, discute sobre todo tipo de coisa, e que ensinou muita coisa pra gente aqui da equipe do chá. Claro que tô falando da Luna <3 b="b">
Desejo a você, Luna,  assim como, acredito que todas as meninas do chá e leitoras, tudo de bom : Saúde, dinheiro, glamour, sexo e dels no coração Q