terça-feira, 31 de julho de 2012

Patriotismo às avessas

Hello guys!

As Olimpíadas estão aí e com estas eu venho falar de algo que ocorre com muita frequência em competições esportivas no geral: o patriotismo, mas principalmente a falta dele. 

É tipo assim: toda vez que tem Copa do Mundo, Olimpíadas, Copa América etc., enfim, qualquer competição com futebol em que o Brasil esteja envolvido, o país se divide em:

- os que não ligam pra futebol e tanto faz se a Canarinho ganhar ou perder;

- os que normalmente odeiam ser brasileiros e tudo que envolva essa nação, mas é só chegar um campeonato que já compram vuvuzelas, camisetas e uma sorte de acessórios (na maioria horrorosos) verde e amarelo, além de encherem o peito ao falar que têm "orgulho de ser brasileiro";

- os engraçadões que não perdem tempo para ir à banquinha comprar a camisa da Argentina ou qualquer outro rival do Brasil e só faltam estourar de rir quando este sofre um gol.

Como o segundo tipo é tosco demais para se levar em conta, vamos ao terceiro. 

Sério, eu não vejo problema nenhum em gostar de outra seleção. Se você gosta de futebol e vê os jogos, acaba se apegando a uma seleção ou outra que tem aquele futebol bem jogado, bonito, com raça. Ou simplesmente se apega aos jogadores que são uns gatos, né. Nos dois casos, eu recomendo que você veja os jogos da Espanha. rs Também não sou a maioooor patriota, mas gosto do Brasil e faço o que estiver ao meu alcance, nem que seja analisar a política atual para achar um candidato razoável a governar essa grande nação, fazer pequenas doações a instituições de caridade confiáveis, dar esmola, não jogar lixo na rua e argumentar com quem tem uma visão distorcida do país como um todo. Também admito que gosto mais de músicas e filmes internacionais e acho algumas das obras literárias obrigatórias para o vestibular uma chatice, mas enfim, eu torço pelo Brasil, e como o futebol é um dos meus hobbies, inevitavelmente vou torcer sempre. 

Mas quanto a você torcer - ou fingir que tá torcendo - incondicionalmente por outra seleção, ser um total asshole gritando na cabeça de todo mundo quando o Brasil perde e que o Brasil é um lixo, daí eu acho que você tem sérios problemas.

O mais evidente é o de chamar atenção. Isso pode ser bom ou ruim, mas fazer com que todos te olhem com nojo ou indiferença por isso é bem a segunda opção, né? Se você acha que isso vai te fazer o hipster, o diferente, o inteligente da galera, lamento, mas isso é um atestado gratuito de babaquice. Ah, mas não... entendi. Você não gosta do Neymar! Nem do Mano! E acha que ~ com toda sua experiência de técnico ~ o jogador do time que VOCÊ torce é que devia estar ali, né? Que bom, porque gostando ou não, eles estão lá para representar SEU país, conquistar um objetivo - ainda que insignificante para alguns - para a SUA nação. Senão você mesmo ia lá jogar, né? 

Isso é: se você torce mesmo pro rival. Porque aí se sinta mal consigo mesmo ao gritar GOOOOL contra o Brasil, mesmo morrendo por dentro. Se ganhar (ainda que seja difícil, na minha opinião), sinta-se mal por não poder comemorar e esfregar na cara dos outros que o outro país é melhor - embora, novamente, isso te inclua também. 

E, sim, eu gosto do Neymar. Acho o cara um bom jogador, meio cai-cai, mas que tem muito potencial. Também gosto dele como pessoa, porque ele "se achar" não é motivo para que ninguém o odeie. Ele também não é bonito, na minha opinião, mas é simpático e tem carisma. Não gosto do trabalho do Mano, acho ele beeem razoável pra estar lá. Mas enfim, problemas à parte.

Nessa Copa vai dar Brasil... ♪

É isso, gente linda. Até setembro!

PS.: O Casillas é meu. E não, não gostamos muito de relacionamentos abertos porque somos muito ciumentos e possessivos com relação a nós mesmos, está bem? Portanto, se você for ver algum jogo da Espanha, pode babar, mas saiba que você ainda não teve essa sorte, ok? Beijinhos.

PS²: Hoje é aniversário da JK Rowling e do seu mais famoso personagem, aquele bruxinho que encantou nossos corações, o Harry Potter! Parabéns pra eles! :D

domingo, 29 de julho de 2012

Love Yourself!

Quem nunca ouviu que só saberemos amar alguém quando amarmos a nós mesmos? Eu já, um milhão de vezes, minha mãe sempre fez questão de enfatizar isso. Eu nunca entendi essa frase muito bem. Mas o contexto principal é que devemos nos amar. E amar-nos antes de querer amar qualquer outra pessoa.



(absurdo uma foto de A Noiva Cadáver <3 com essa frase, risos)

Coloquemos nas nossas cabeças que a melhor coisa que sempre possuímos e sempre vamos possuir somos nós mesmos. Até porque, ninguém é dono de ninguém (se bem que se o Ian Somerhalder quisesse me possuir eu não faria objeções. MAS É CASO ÚNICO, OK!). Enfim. O que eu estou querendo dizer é que há uma realidade muito deturpada. As pessoas querem possuir umas as outras. Elas não se contentam com um relacionamento saudável onde cada um tem uma vida e possui a si mesmo. Tratam umas as outras como um fantoche o qual querem determinar os movimentos.

E eu posso estar exagerando, mas, para falar a verdade, não acho que esteja. E sabe por que isso acontece? Porque as pessoas se colocam em segundo plano e deixam isso acontecer. Talvez nem porque gostem, mas porque tem aquele medo idiota de não encontrar alguém. Agora, quem disse que PRECISAMOS de mais alguém? Não estou falando pra vocês irem viver em cavernas, mas que vocês não precisam de um namorado para serem felizes. E aí acaba chegando o sentido da frase lá de cima: nós só vamos amar alguém quando nos amarmos o suficiente a ponto de não querer deixar alguém nos possuir. O que acontecer a partir disso pode ser amor. O resto é mera obsessão, medo de ficar sozinho...

Não que eu saiba o que é amor e tenha um senso muito romântico da vida (pelo contrário, sou meio que uma espécie de antirromântica). Mas eu consigo ver perfeitamente o que não é.
Você pergunta ao seu namorado ou namorada se PODE sair com as suas amigas pra, sei lá, beber, ir à balada, visitar o melhor amigo, etc? Se a resposta for não, meus parabéns. Agora, se foi sim, por quê? Ela ou ele é seu dono? Ou uma espécie de mãe ou pai? Ou, quem sabe, vocês voltaram ao século passado? Porque, até onde eu sei, não há mais situações em que seja necessário perguntar se você PODE fazer alguma coisa como essas.

E vocês não têm (ou têm) noção da frequência que esse tipo de coisa acontece. Com qualquer tipo de pessoa, de qualquer idade ou classe social. Enquanto o número de “eu te amo” por aí cresce, o número de “eu me amo” por aí diminui. Infelizmente.

Amemo-nos mais. Amor-próprio é o amor mais sincero, recíproco e infinito que existe. Não abandonem esse amor lindo por qualquer promessa de falso amor que vocês escutem. Por favor!

Até mais.

Dani.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

"I have a dream"

Oi, gente <3

Hoje eu vou falar de sonhos.  Nem aquele que você tem quando tá dormindo, nem o da padaria. To falando daqueles que todo mundo tem.  Uns tem muitos, uns tem poucos, outros mudam o tempo todo, outros tem o mesmo desde tipo, sempre. O que importa é o seguinte: Todo mundo tem algo que quer realizar.

E você, qual é o seu sonho?

Alguns  tem o sonho de viajar. Outros, sonham com determinada profissão, com determinada conquista na carreira. E tem até aqueles que ainda sonham com casamento, filhos, e uma família grande.  Mas acho que a maioria sonha com muita coisa ao mesmo tempo.  Eu, por exemplo, sonho com todos os exemplos que eu dei, e quero que se realizem nessa respectiva ordem.  Mas e vocês? O que vocês querem ter realizado daqui a 10 anos? E daqui a 30 anos? Quando chegarem lá naquela fase da vida onde a energia e a disposição acabarem, o que vocês vão querer já ter vivido?  Acredito que a resposta pra essas perguntas seja bem grande. E esse que é o bom.  Pode acreditar que uma vida sem ambições e vontade seria muito chata. Imagina não querer alcançar nada? Imagina apenas “deixar a vida levar” (Salve Zeca!), sem batalhar todos os dias pra chegar em alguma coisa, sem plantar todo dia pra depois, bem depois, colher.  É claro que temos que viver o presente, aproveitar o momento, carpe diem mesmo. Mas admitamos  que é muito bom parar e se imaginar naquela situação que você sempre quis estar. Se imaginar em tal lugar do mundo, se imaginar sendo reconhecida, se imaginar, não sei, comprando uma casa para algum parente próximo, ou ajudando instituições de caridade. Eu tenho 16 anos. Adoro viver o momento, mas também adoro saber que estudo todos os dias pra conseguir um dia, realizar tudo que eu tenho pra realizar. Admito que penso demais no futuro, penso em como vai valer a pena isso quando eu tiver numa profissão decente com condições para formar minha família. E vocês? Milhões de pessoas todos os dias vão trabalhar pensando no dia que terão dinheiro suficiente para comprar uma casa, um carro. Milhões de pessoas todos os dias ajudam o sem-teto da esquina, ou adotam o cachorro abandonado, imaginando o dia que conseguirão abrir uma instituição de caridade ou até mesmo doar pra alguma. Sei lá, eu acho que sonhar é vital. O ser-humano precisa de um objetivo, de algo pra incentivá-lo.  É uma coisa clichê, eu sei, mas por favor, nunca desacredite de você mesmo. Todo mundo é capaz de conseguir o que bem entender. Como a Joubs disse num post atrás, que eu achei uma das frases mais tops que eu já li, rs, “tem 7 bilhões de pessoas no mundo e só 1 tem a chance de ser você”... Eu digo que só VOCÊ tem a chance de realizar os seus sonhos. Eles são grandes demais para serem deixados de lados, ou para serem depositados em pessoas. Você é essencial para conseguir alcançar seus objetivos, você é a peça chave pra conseguir tudo que deseja. Você e a força de vontade.








Ah, filme de hoje: Um sonho possível. É lindo. Com a Sandra Bullock que vai fazer você chorar (muito) e mudar várias opiniões. Pelo menos comigo, foi assim. Passei até a ver as pessoas de maneira diferente. 











Beijos, Jô.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Vamos sair das caixinhas?

Olá querides!
Eu tinha uma professora de Psicologia do Consumidor que amava colocar tudo em caixinhas. Ela adorava fazer milhões de tabelas falando sobre como a vida das pessoas é limitada àquela coisa bacana de nascer-crescer-ir pra escola-fazer faculdade-conhecer alguem-arranjar trabalho-casar-ter filhos-morrer e isso me irritava bastante. Quero dizer, se você acha esse molde interessante, tudo bem. É a sua vida e eu não quero ficar falando como você deveria vivê-la. Só acho que seria interessante se você não fizesse o mesmo comigo.
É aquela história de sempre, você vai se estabelecendo na adolescência e do nada todo mundo começa a te perguntar o que você vai fazer na faculdade, se existem paquerinhas legais etc etc etc. E quando você diz que não se interessa muito por esse tipo de vida, dizem que você tem que começar a amadurecer, a pensar no futuro e aquela coisa toda. Mas eu me pergunto: por quê? Porque nós temos que viver nossa vida de uma maneira moldada? Essa é a única vez que vamos viver essa vida dessa maneira e eu não acho legal ficar se limitando a ter o que todo mundo têm apenas porque é o que todo mundo têm. Principalmente essa história que existe que você "tem" que se apaixonar. Olha, eu não vejo nada de errado em se apaixonar e em viver lindas histórias de amor. Mas sei lá, essa ideia de que você "tem que achar um amor" porque "tá na idade" e porque "acontece com todo mundo" meio que me incomoda.
Eu tenho uma amiga que é bem assim. Ela vive falando o quanto quer um namorado e como eu "vou entender tudo isso quando eu me apaixonar de verdade" e a gente sempre acaba discutindo porque eu acho que ninguém tem que fazer porra nenhuma (e nós duas somos de signos de fogo então imagina a gritaria que tudo isso vira). Eu não acho que ninguém precise se apaixonar, ou de um amor, de um namorado, de nada disso. Ninguém precisa da metade da laranja, porque somos laranjas inteiras. Ou sei lá, abacates, maçãs, bananas ou morangos. Então um dia uma maçã pode encontrar uma banana e elas podem viver felizes para sempre. Ou dois abacates. Duas laranjas e um morango. Ou um abacaxi ser feliz sozinho para sempre.
Porque para mim, o amor vai muito, mas muito além de qualquer coisa romântica. O amor é uma coisa pura e que é muito mais baseada em amar a pessoa com todas as suas qualidades e defeitos do que uma pessoa sem defeitos e com as qualidades certas. É muito mais sobre querer fazer alguém se sentir bem ao invés de querer que essa pessoa faça você se sentir bem. Mas essa é a minha visão. Eu tenho certeza de que a minha amiga tem outra visão, e que você também deve ter.
E ninguém tem o direito de chegar criticando o jeito que você vê as coisas. Você vive sua vida, caramba. Você diz o que você acha do amor, o que você acha de se apaixonar e o que você acha sobre geleia de ameixa. E se você não quer se apaixonar nunca, ou se você quer se apaixonar sempre, ou se você quer viver sua vida inteiro vestido de Homem-Aranha, é seu problema e o importante é você estar confortável e feliz com a sua condição. Eu sei que eu tô falando aqui como se eu nunca criticasse ninguém ou pedisse pras pessoas mudarem coisas a respeito delas, mas a questão é que se uma pessoa está confortável com a condição dela e se sente feliz a respeito de tudo isso, quem é você pra chegar querendo mudar alguma coisa? Você vive sua vida de uma maneira, e as outras pessoas vivem das suas próprias maneiras. Quem é você pra demandar que as pessoas vivam um estilo de vida que parece ser interessantíssimo pra você, mas pra elas simplesmente não ia servir?
Então assim: você não precisa se apaixonar pra ser feliz. É claro que você pode se apaixonar, é claro que você pode ser feliz se apaixonando, mas simplesmente não tenha essa ideia de que você precisa de alguma coisa pra ser feliz.(Eu sei que eu acabei de falar que eu não posso mandar as pessoas viverem a vida delas e tudo isso tá parecendo uma grande contradição, mas assim: eu posso.) Como a Luna disse nesse post: A felicidade é uma maneira de viver e não um destino. Só tente sei lá, não impor essas ideias de que você-precisa-de-alguém na cabeça dos outros, porque na verdade nem você precisa. Você precisa, primeiramente, de si mesmo e de se aceitar, e depois você pode precisar dos outros. Mas ficar procurando alguém feito louco ou ficar triste porque não namora não vai te trazer nada de bom, vai? É legal se apaixonar, é legal ter alguém com quem compartilhar toda essa coisa de ~história de amor~ mas não é legal querer porque todo mundo quer, porque você precisa ou pras suas tias pararem de perguntar sobre os namorados. É o tipo de coisa que você tem que fazer por você e se você não quer fazer, não faça. E se você quer e isso não te mata por dentro, apenas te traz esperança e felicidade, tudo bem, ótimo pra você. Só, sei lá, não tente ficar impondo isso nas pessoas. Porque se apaixonar é ótimo e é péssimo e é bilhões de outras coisas, mas essas coisas são suas e as pessoas têm as coisas delas então apenas respeite que algumas pessoas escolhem uma vida em que elas talvez nunca se apaixonem. Não há nada de errado nisso, assim como não há nada de errado em querer se apaixonar. Só viva a sua vida por você e não pelos outros, ok? Afinal de contas, quem está embaixo da sua pele 24 horas por dia e 7 dias por semana é você e é importante que você tente viver seguindo os seus próprios princípios.
Mas ah, se chegar uma menina de cabelos vermelhos escrevendo um post dando conselhos ou se sua melhor amiga chegar dando uma de filósofa, que mal tem ouvir? Você nunca sabe o que as coisas podem se acrescentar na sua vida então não se limite e por favor: saia da sua caixinha.
Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Como evitar uma recaída

Olá moços e moças, como estão vocêssss? :) Então, uma vez recebemos um pedido para falar mais no blog sobre casos amorosos e coisas desse tipo, e eu fiquei pensando em como abordar um tema relacionado sem ficar estilo Capricho repetitivo e etc. Então me decidi por falar sobre recaídas após rever um episódio de New Girl (SUPER recomendo esse seriado <3 Schmidt lindo hihi).

Recaída é o que acontece quando você acaba um relacionamento que não queria ter acabado sei lá, porque normalmente você ainda gosta do cara (ou da menina). E aí você fica se afundando em sorvete e chocolate e filmes românticos e músicas de fundo do poço (NEVERMIND, I’LL FIIIIIIIIIIND SOMEONE LIKE YOOUUUUUUUU ok parei), e pensando na pessoa, por mais que não queira. Parece que tudo te faz lembrar dele/dela, mesmo que involuntariamente? É horrível e etc, até que você pensa “Ei, a gente merece uma segunda chance...”, “O que ele fez não foi tão ruim, acho que reagi de forma exagerada” ou, o PIOR, “Será que ele me perdoa?”.


Primeira coisa: Não façam isso. Sério, pelo amor de Deus, se vocês acabaram é porque algo aconteceu, algo grande o suficiente para fazer vocês acabarem. Se o relacionamento de vocês era longo, então o que aconteceu foi grave o suficiente para acabar com isso. Se era um relacionamento recente, que estava no início, então é assim mesmo que você quer viver? Com qualquer briguinha ou discussão vocês acabam e voltam e acabam e voltam....... Não sei vocês, mas eu não tenho paciência pra essas coisas, comigo é 8 ou 80 (escorpiana, né...)

Sério, acho ridículo meninas que ficam se arrastando pro cara e implorando para que voltem, por favor né! Posso até sofrer bastante (sim, eu também tenho coração, ele não é feito de gelo!!!!), mas o cara NUNCA vai saber disso. Vou fazer o possível pra passar sorrindo e mostrar que estou muito bem obrigada, mesmo que quando virar a esquina as lágrimas tomem o lugar do sorriso (Meu orgulho é maior que tudo bjsssssss)

Por isso, vim aqui pra dizer para vocês que desistam dessa coisa de recaída. Nada de ficar fuçando o facebook da pessoa para saber se ela já está em outra ou vocês dois ainda têm chance: Vocês não têm chance. Pense assim que é muito melhor, sério. Ser pessimista às vezes é a saída. E esse tipo de pensamento é importante para que você siga em frente: Se você ficar o tempo todo se perguntando se vocês teriam dado certo, se teriam superado aquilo caso tivessem voltado atrás, como vai conseguir seguir em frente? Fica difícil né?


Então pense em tudo o que vocês NÃO combinavam, nos defeitos dele(a), nas diferenças que de jeito algum fariam os opostos se atraírem. Depois se pergunte “Onde eu estava com a cabeça?”. Não é VOCÊ que não combinava com ele, eram vocês dois que não combinavam juntos. O problema não é você, que fique claro. Se você conseguir chegar a essas conclusões, perceberá que você não precisa d@ ex para viver, pelo contrário. Foi tarde!

E por favor, não ceda. Sério. Porque assim que você mostrar que está seguindo em frente, o seu/sua ex pode querer voltar, então não ceda. Se você conseguiu ou está conseguindo superar, é porque realmente percebeu que não valia à pena lutar por esse relacionamento. E agora vai voltar de bandeja pra ele? Não façam isso! Se já conseguiu superar, vá em frente. É difícil? É, e como é. No começo você não vai querer sair e vai chorar com qualquer filme romântico (até as comédias!) e se identificar com qualquer texto de Caio Fernando Abreu e Tati Bernardi. Mas nada é impossível; ninguém é inesquecível.

E também não vá se achar a pior pessoa do mundo se ele NÃO vier correndo querendo voltar. Com essa reação só um pensamento deve tomar conta da sua cabeça: “Quem tá perdendo é você, querido.” Já foi tarde. [2]

As dicas para superar fins de relacionamento são as mesmas de sempre, não tem como não: Em primeiro lugar, não vá fuçar o facebook/twitter/whatever dele ou dela, PFVR. Não se importe mais com o jeito que ele vive a vida dele. Ele quer sair todo dia para beber e pegar piriguetes? Boa saída, vá pela sombra! Segundo: Sorvete e chocolate tá permitido, mas só por um pequeníssimo período; assim como filmes e músicas românticas (Eu mesma tenho uma playlist no computador denominada “MÚSICAS PARA NÃO OUVIR” porque sei que quando ouço me traz ~lembranças~). Terceiro e mais importante: Distraia sua mente. Leia um livro, saia, vá para a piscina, academia, jogar video game, até se for o caso, saia para beber com amigas. Amigas são importantíssimas nessas horas (Pena que vocês não têm as minhas que são as melhores ever s2 rs).


Uma última ressalva: Não diga que desiste de um relacionamento se você não desistiu. Não se engane, isso só vai facilitar uma recaída. Claro que existem diversas situações, em que uma recaída vai resolver seu relacionamento e tudo o mais. Mas no geral? Não. Evite as recaídas. Lanço agora uma campanha: NÃO ÀS RECAÍDAS!!! Rs tá, enfim. Acho que era isso que eu queria dizer. Que esse post ajude vocês, sério, salvem ele aí nos favoritos pra reler todas as vezes que te der aquela vontadezinha de mandar uma mensagem pro(a) ex. Eu juro aqui pra todos vocês que farei o mesmo, rs.

Beijossssss,
Naty <3

“Voltar com amor antigo é a mesma coisa que comprar um carro usado que já foi seu. Volta com os mesmos problemas e ainda mais rodado.

P.S: Claro que existem exceções para tudo o que falei nesse post, guardem as pedras.
P.S 2: Confissões: A playlist que eu mais ouço é a chamada "Músicas para não ouvir"; e sou stalker profissional. FAÇAM O QUE EU DIGO, NÃO FAÇAM O QUE EU FAÇO BJSSSSS

sábado, 21 de julho de 2012

Criança não é tamagoshi

Uma historinha fictícia:

"Depois do exame de ultrassom, a notícia: é menino!


- Será que ele vai seguir meus passos de dentista, Maria?

- Ah, João, eu acho que ele tem é que fazer o que ele gosta. Que dê um mínimo de dinheiro pra sustentar a ele e os filhos.
- É. Você sempre foi mais legal que eu. Pensando bem, é isso mesmo. Acho que a gente devia deixar o menino escolher.  Porque o que importa é a felicidade dele com a família dele, né?
- Claro, meu amor.

Quarenta anos depois, Tiago, filho de João e Maria, segue a vida assim: é pintor e ilustrador freelancer. Não se considera nem homem, nem mulher. Casou aos 35 com uma mulher de 41, que não vê problema algum na falta de gênero do marido.  Os dois têm um relacionamento aberto. Não tem filhos com ela nem pretende ter. O dinheiro que ele ganha dá pra sustentá-lo de boa, mas volta e meia ele se sente meio apertado. "

Algumas situações bastante comuns:


1- O que você quer que seu filho seja? Ah, você não quer nada, acha que ele tem total poder de escolha? Ok. Pretende botar seu filho em aulas de balé quando o médico constatar que ele anda com o pé pra dentro? E sua filha, doida por esportes? Ela quer judô, mas você acha melhor vôlei.


2- Seu filho armou a maior bagunça na sala. Jogou os papéis dos desenhos todos no chão, depois de rasgá-los, claro. "SEU PESTE! VAI FICAR SEM COMPUTADOR PRO RESTO DA SEMANA!". Dias depois, ele reclama. "Você sempre grita comigo." Ao que você responde:
- Mas a vida é assim. Você vai me entender quando tiver a minha idade e os próprios filhos pra criar.

3- Aparece a palavra "gay", falada na TV. Fernanda e Renato, pais de Júlia, começam a discutir sobre a sexualidade da filha. "Se ela for lésbica, tudo bem. Se ela for trans, tudo bem. Se ela não quiser ser nada, tudo bem. Só acho que ser bi já é querer demais. Não dá pra gostar das duas frutas ao mesmo tempo, do mesmo modo", é o que os dois pensam.


4- Brenda tem sete anos e chegou da escola dizendo que tem um namoradinho. Carla, sua mãe, conta toda feliz pra família toda e todos começam a falar: "ah, então você gosta dele? E ele, gosta de ti também? E vocês pretendem se casar? O que os pais dele acham disso? Que linda, Brenda! Muito fofo o relacionamento de vocês!".  Três meses depois, Brenda confessa para a tia: "Tô gostando de outra pessoa. Ela chama Bruna". Que tensão. A tia de Brenda sabe que hoje em dia todo mundo se aceita, ela mesma deu uns beijos em gurias quando era mais jovem, mas será que é certo achar que é certo a sua sobrinha de só 7 anos gostar de uma menina? Não é muito cedo pra isso? Ela conta para a irmã, que tem uma conversa séria com a filha: "Meu amor, você ainda é muito nova pra se decidir. Quero que saiba que tem toda a liberdade, mas isso é coisa de gente mais velha. Prefiro que você e essa Bruna continuem só amigas."


Depois de todos esses exemplos, como você considera sua educação em família? Você, que tem pais liberais, quantas expectativas eles te impuseram, mesmo sem saber que eram expectativas tão grandes assim? E você, que tem pais conservadores, quais outras coisas eles te desejavam na cara dura, sem te permitir pensar, opinar, justificar as próprias escolhas?


Agora pense em você mesma(o). Fala sério, gente, alguém aqui conhece algum pai ou mãe que tenha dito “é menina! Não me importo, vamos esperar pra ver com o que ela se identifica melhor”? Todos os pais, quando vêem o sexo de seus bebês, já vão identificando-os como tal. Não só nas roupinhas azuis ou rosas. Tem pai que compra tudo amarelo, verde, antes mesmo da ultra-som reveladora. Só que toda criança, quando cresce, vai fazer aquelas perguntas que a gente acha até idiotinhas.

“Ô pai, eu sou o que? Menino ou menina?”
“Menina, filha. Seu irmão tem bigulinho, você não.”
E fica por isso mesmo. Nada de dizer pra criança que tem homem que tem vagina, tem mulher que tem pênis, tem gente que não se considera nem homem nem mulher. Todos nós tratamos os bebês e as crianças como cissexuais (pessoas que se identificam com o órgão genital) desde sempre.

Também nunca ouvi falar em pais e/ou mães que tenham achado super bacana @ filh@ gostar romanticamente duma pessoa do mesmo sexo. É sempre “cedo demais”. Aliás, já ouvi muito “ah, então ele é gay? Quantos anos? Dezessete??? Tão cedo pra se decidir!”

Minha bisavó teve 10 filhos, minha avó, três, minha mãe, dois. Todas se casaram. Mas vou falar pra vocês: essa não precisa ser a regra. Você não precisa criar um filho junto com outra pessoa. Não precisa casar e ter filhos. Não precisa casar. A sua vida é sua. Mas muitos pais continuam insistindo que esse é o destino natural das coisas. "É assim, foi assim, e dá tão certo há tanto tempo, veja sua avó."

Você criou seu/sua filho(a) pra vencer, pode estar cheio(a) da grana ou não, mas criou pra pensar que estabilidade é sempre bom e é isso que ele(a) tem que ter pra vida. Mas daí ela decide seguir carreira de bailarina. Inspirada pela Ana Botafogo, talvez. Mas a Ana Botafogo é uma em milhares. Mas é isso que ela quer. E você não vai deixar. E vai achar ruim, e não vai parar de azucriná-la com opiniões chatas e nada incentivadoras, o dia todo, até ela esquecer disso.

Péra aí, pra que as pessoas tem filhos, mesmo?
Eu não sonho em tê-los. Mas se os tivesse, não seriam meus bonecos, e sim pessoas. Que vão se descobrir ao longo dos anos. Eu posso conversar sobre tudo com eles, mas nunca impondo minha opinião. Eu sei que eles podem sair tudo ao contrário do que eu, quando criança, quis para um filho. Quando criança, exatamente. Porque agora eu já cresci e sei que eles vão decidir várias coisas por eles mesmos.
Eu quero que a minha geração seja a geração da liberdade. Eu quero muito, muito mesmo, ver minhas amigas e meus amigos criando seus filhos da maneira mais liberal possível.
Vamos fazer uma revolução desde já, gente. Pensando nisso como se fosse lição de casa.

Você pretende criar seu filho como um bichinho virtual ou como uma pessoa?


sexta-feira, 20 de julho de 2012

A princesa-exemplo

(Esse texto possui alguns spoilers. Se não quiser saber sobre o filme, não leia.)

Estreou no dia treze de julho aqui no Rio uma animação dos estúdios da Disney/Pixar chamada “Valente” que conta a história fofíssima de uma princesa bem diferente. E é sobre ela que eu quero falar.



Merida foi criada pela mãe pra ser fina, falar baixo, comer pouco, usar roupas desconfortáveis apenas para ficar bonita, prender os cabelos (que, aliás, merecem um parágrafo apenas para eles). Enfim, foi moldada para ser o que esperam dela, sem opinião própria, personalidade ou qualquer traço de individualidade. O exemplo de menina perfeita. Mas o que ela gosta mesmo é de sair pela floresta e caçar, usar armas e ser independente. É uma menina forte e destemida, decidida, revoltada com toda a pressão da sociedade sobre ela. Gostaria de ser livre pra tomar as rédeas do próprio destino.

Aliás, o cabelo dela é um ato de rebeldia por si mesmo. É crespo, cheio de cachos, despenteado, heterogêneo. Não é louro, como o da maioria das princesas. Bem diferente do “Padrão Disney”. E é lindíssimo, justamente por isso.

Até o dia em que seus pais organizam uma competição pelo coração da princesa. Só que ela não quer se casar, não precisa disso, não depende disso. Detesta a idéia de carregar o futuro de seu reino nas costas. Não quer ser obrigada a ficar com alguém apenas pra manter uma tradição sem sentido.

A história se desenrola, tem aquele final edificante de filme da Disney, mas o mais importante é: ela fica sozinha. E feliz. Não precisa de um príncipe pra ser completa, nem pra salvá-la. Aliás, ela salva a si mesma, sua mãe, seu reino.
E é aí que reside a parte mais legal do filme. Ela é autossuficiente. Mostra pra todas essas garotinhas que sempre se espelharam em filmes de princesa que a vida não gira em torno de um homem. Nem em ter uma família ou de casar. Há uma vida além disso. E há o poder de escolha: não é porque ela é mulher que deve se submeter aos julgamentos de uma sociedade cheia de estereótipos e preconceitos, mesmo que eles venham de sua própria família.

Ela se voltou contra as tradições, quebrou as regras. E, no fim, mostrou que todos podem fazer isso. Porque todo mundo é dono de seu próprio destino.
“Valente” é o filme de princesa que toda mulher deveria ver.

Este texto foi escrito pela leitora Mariana Barreto. Você também pode ter seu texto publicado aqui no blog! Escreve pra gente: chadas9blog@gmail.com. Obrigada desde já! :)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

cadê o príncipe encantado?

Hi, lindas pessoas! Como vocês vão? Espero que bem <3
Bem, eu estava toda linda e diva no facebook esses dias (só pra me deprimir, porque é cada coisa que tenho vontade de morrer divamente com maçã envenenada, que nem Alan Turing) e vejo uma daquelas trilhões de montagens. Uma imagem que dizia algo tipo ~ ENQUANTO NÃO ENCONTRA O CARA CERTO, SE DIVIRTA COM OS ERRADOS ~ e eu fiquei pensando sobre ela. Fiquei lá pensando na frase de forma feminista, racionalista, atéia, todos os ângulos possíveis.

Aí eu fui além. E cheguei à algumas conclusões. Necessito dividi-las por parte.



Vamos ignorar solenemente o fato de que a frase é bem ~heteronormativa~ (isso quer dizer: aquela situação que se pressupõe que todos sejam heteros. Aquela tia te perguntar: "cadê o namoradinho?" sendo que ela nem sabe de qual fruta tu gosta é uma situação heteronormativa, porque ela simplesmente pressupôs que tu era hetero porque essa é a norma da sociedade). É direcionada totalmente pra garotas que namoram caras. Mais especificamente: aquelas garotas que ficam no tumblr reblogando imagens de "ele diz: AMOR DA MINHA VIDA PLS ME AME TAMBÉM ela diz: ME TOO, BABY, BORA SER FELIZ". Aquelas garotas que lêem Capricho e absorvem cuidadosamente cada dica de como transformar aquele paquera (ai meldelz que palavra horrível) em um relacionamento sério, fixo, com casamento marcado daqui a dez anos. Aquelas garotas que não costumam ler blogs como o Chá das 9, mas eu bem que queria que elas lessem isso aqui porque estou falando delas para elas.

imagem retirada dum facebook cristão

Seguinte: eu não curto a vibe de regular vida alheia, sabe. Eu acho muito divertido todos aqueles portais de "bora ser abstinente sexualmente, galera, esperar em Jesus", acho graça e fico trollando no twitter, mas é aquela coisa de cada um com sua vida, cada um cuida do seu corpo e transa quem quer. Eu também não curto ficar criticando prioridade alheia (mas eu acabo fazendo mentalmente, para euzinha e discretamente no twitter porque cada um com seus pecados nessa terra, né) mesmo achando que qualquer pessoa que coloque "preciso de um namorado pra ontem" precisa é de mais auto-estima, amor próprio, essas coisas necessárias para não se odiar muito. Mas eu acho muito perigoso qualquer pessoa se sentir como se sua felicidade dependesse de outra pessoa. Eu fico de boa com garotas de treze anos choramingando porque o carinha mais lindo da escola não olha para elas, porque todo mundo tem seu dia de patinho feio e é realmente chato quando o nosso amor não é correspondido. Mas eu não fico de boa quando eu percebo que as garotas internalizaram isso de "eu PRECISO ter um namorado" e nessa de PRECISAREM ter um namorado, elas internalizam um zilhão de outras idéias como:
• não fico bonita sem maquiagem;
• não fico bonita gorda/não fico bonita magra demais;
• eu tô superafim de ficar com qualquer cara nessa festa, mas eu tenho que me preservar senão carinha x vai achar que sou puta;
• eu tô superafim de transar com ele, mas ele vai achar que sou puta;
• ele é bom demais pra mim, sou feia demais;
• se eu não tiver alguém, ficarei sozinha;
• se eu não me casar, serei uma pessoa amarga e infeliz;
• eu não aguento mais minha família me perguntando ~kd o namoradinho?~~

desculpa, não consigo ver essa montagem e ficar de boa

Levante a mão se você já passou por uma dessas situações. É absolutamente normal. Nós lemos na Capricho sobre o que os caras acham de nossas unhas, nossos cabelos, nosso comportamento. Nós aprendemos que a opinião dos nossos possíveis e futuros namorados deve ser levada em conta sobre qualquer assunto que se refere à nós, especialmente em relação à nossa aparência. Nós aprendemos que a nossa felicidade é condicionada à ter um relacionamento longo, duradouro e muito romântico. Como, de quebra, vivemos em uma sociedade machista, essas coisinhas que aprendemos se enraizam em nossa cabeça de tal forma que você realmente acredita que ser um forever alone é atestado de fracasso. E então você passa a se culpar.

E essa é a parte perigosa da coisa. Não é o choro habitual de "ele não olha pra mim", mas que daqui a uma semana, ela tá de boa. É o sentimento constante de que nunca vai encontrar alguém, de que precisa encontrar alguém pra não ficar sozinha, de que não tem ninguém porque é feia, chata, imatura e adiciona aqui um milhão de características. E então você se retrai. Você se esconde. Você se vitimiza. E aqui está a questão: você não precisa de um cara pra ser feliz.

A felicidade é uma maneira de viver e não um destino, e essa é uma das frases mais sábias que já vi no tumblr. Porque é verdade. Você não precisa ter um namorado para se sentir menos solitária. Ter um namorado não significa que você será feliz, que será amada, que será respeitada. Ter um namorado não significa um passaporte para uma vida onde relacionamentos amorosos dão certo. Aliás, dá mais trabalho ter um namorado do que arranjar um - acredite em mim. Você não precisa de um cara. Você só precisa de você mesma, e pessoas são assim: elas sempre se bastam. 



Essa é outra questão: ~ ~ o cara certo ~ ~
A frase fala disso explicitamente: cara certo (que serve pra casar) x caras errados (que servem pra se divertir). É vagamente parecido com a divisão que os garotos fazem de menina pra casar x menina pra transar (mas só parecido. O contexto é totalmente diferente. Um dos contextos oprime. O outro não). Mas eu estou aqui dizendo: e se... não existe o cara certo? Há 7 bilhões de pessoas no mundo. Só há UM cara certo para você? Sério mesmo que de SETE bilhões de seres humanos tão variados, só há UMA que daria certo contigo? As pessoas realmente acreditam nisso. De verdade. Que há uma tampa para cada panela.

E eu venho dizer aqui seguinte: eu não acho que exista.

Eu não acredito em cara certo x todos os outros errados. Eu acredito que há caras. Há caras que não se dariam bem contigo, por diversos motivos. Sei lá, ele é flamenguista e tu é vascaína. Ele adora uma picanha mal passada, tu é vegetariana e milita pro PETA. E há caras que dariam certo contigo. Talvez alguns não dariam certo quando você tinha treze anos, mas dariam certo se te encontrassem quando você tivesse trinta anos. Mas a questão é que as pessoas são muito diferentes. Um relacionamento que terminou não significa que aquele cara tenha sido "errado". Você ter transado com uma pessoa aleatória por diversão não torna aquela pessoa "errada" na sua vida. Príncipes encantados não existem. Você não precisa ser nenhuma princesa para arrumar algum príncipe, você só precisa ser honesta e íntegra consigo mesma e se cercar de pessoas que lhe façam bem.

/como lidar

As pessoas se encaixam de muitas formas e são surpreendentes. Você pode imaginar agora, aos quinze anos, que conhecerá um lindo homem na faculdade e se casará com ele e terá um casal de gêmeos. E vai ignorar todos os rapazes que encontrar no caminho, se divertindo com eles, sendo eles os "caras errados" - ainda que, naquele momento, eles estivessem totalmente certos, encaixando os objetivos deles aos seus que era apenas de diversão, simplesmente esperando encontrar esse lindo homem. E então, na faculdade, você o encontra, se casa e tem seus filhos. Porém ele te trai. Ou então você se apaixona loucamente pelo boy da empresa. Por sua melhor amiga. Ou não se apaixona por ninguém, simplesmente deixa de querer viver com essa pessoa.

Esse cara lindo que foi o pai dos filhinhos e tal deixou de ser "o cara certo"? E então você vai partir novamente para procurá-lo? Não estaria você esquecendo, novamente, que a felicidade é modo de viver, não um destino final? Relacionamentos começam e terminam, seja com um término doloroso, seja com a morte, seja com afastamento gradual. E todos esses relacionamentos são importantes na sua vida. Sejam eles curtos ou longos, intensos demais ou tão sem graça quanto chuchu, eles ainda assim são importantes, porque você adquiriu experiência, amadureceu, regrediu, percebeu pontos em si que gosta e quer manter em sua personalidade e pontos que você quer mudar. Não pense em "caras errados". Ou em "o cara certo".

todos querem ♥

Pense em pessoas. Pense em Fulano que te ensinou a jogar futebol, em Beltrano que te aguentou nas suas crises depressivas, em Cicrano que te deu sorvete de chocolate quando você quis morrer. Guarde momentos especiais de todas as pessoas que te fizeram bem, que te agradaram, que te deram boas memórias. Não pense em relacionamentos que acabaram como "relacionamentos que deram errados", mas como relacionamentos que começaram e terminaram como deveria ser. Um ciclo de experiências.



Esse UM foi proposital.

Ao lado de "todos são heteros" e "todos são cissexuais" e "todos devem se comportar como manda o papel de gênero, mamãe na cozinha, papai no escritório", a sociedade A M A propagar outro modelo: como um relacionamento deve operar? Aqui, no nosso mundinho ocidental, brasileiro, cristão com todas suas hipocrisias, nós adotamos um modelo ~ monogâmico ~

Isso significa que Maria se casa com João e não há como ter uma terceira, quarta, quinta pessoa envolvida. O relacionamento funciona em duas vias e é totalmente fechado. Eu já falei de como é errado pressupor que relacionamentos que terminam sejam "errados" no segundo tópico desse post, ali em cima. Agora estou falando de que relacionamentos não precisam necessariamente serem fechados. Não que monogamia seja algo errado. Não que você + fulano estejam errados de terem um relacionamento totalmente fechados. É que é simplesmente uma coisa que adotamos e nunca paramos para pensar a respeito. Nós simplesmente nunca refletimos se esse modelo - monogamia fechada - é o melhor para gente.

Você já pensou a respeito? Você já imaginou como seria se a gente pudesse optar por além de "solteiro" x "relacionamento monogâmico-fechado"? Você já imaginou se a fase do "ficar" quando não se há compromisso não seria um "pré-estágio de um relacionamento sério" e sim apenas uma de suas opções para sua vida? Você já se perguntou se essa coisa de ter um marido para vida toda realmente combina com você? Se você se ajustaria tranquilamente à uma vida onde só teria um parceiro amoroso, sexual, afetivo? Isso é o que você quer para sua vida? Alguma vez na sua vida, você parou para refletir a respeito de verdade? Eu meio que duvido.

Porque essa é uma dessas questões que internalizamos tanto que simplesmente assimilamos como natural. Nós nos acostumamos a nos condicionar para uma vida onde teremos alguns namoradinhos e um marido para vida toda. E se quisermos ter outro marido, é preciso se divorciar do primeiro e então seguir por aí. Não achamos possível amar algumas pessoas ao mesmo tempo. Aprendemos que todo sexo deve ser feito com sentimento. Aprendemos que tesão por puro tesão é algo a ser combatido. Aprendemos que relacionamentos abertos não são sérios e devem ser considerados "brincadeira" ou uma última tentativa desesperada de salvar o namoro. Aprendemos que amantes são sempre inimigos e devem ser desprezados. Aprendemos que devemos ser princesas para termos nossos príncipes encantados, mas ninguém nunca nos perguntou se queremos esse príncipe. Aprendemos que toda criança precisa de pai e mãe e simplesmente não conseguimos entender que crianças vivem bem com amor, independente de viverem com duas mães, dois pais, duas mães e um pai, dois pais e uma mãe e uma infinidade de pais e mães. Aprendemos tantas coisas que não são necessariamente verdades.



Pense nisso tudo (post todo) ao pensar em relacionamentos. Eu normalmente não escrevo sobre relacionamentos, namorados, etc porque não sei escrever a respeito. Mas eu resolvi escrever dessa vez porque eu acho frustrante ver garotas se sentindo realmente deprimidas por não terem namorados e se sentindo culpadas por uma série de coisas que não se tem motivo. Há muitas coisas problemáticas em nossa sociedade, e sinceramente não vejo porque não ir contra a maré. Se você é uma garota que se sente bem em um namoro fechado e monogâmico com seu namorado, não há nenhum problema. Siga o que quer fazer e seja absolutamente feliz. Se você é uma garota que ama pessoas e não se prende a ninguém, colecionando amantes, também não há problemas. 

Eu só vejo problemas em machucar outras pessoas em prol da própria felicidade. As pessoas confundem "relacionamento aberto" e coisas do gênero como se casais assim se machucassem mutuamente. Porém casais monogâmicos volta e meia se traem e ninguém fala nada. Mulheres são agredidas fisicamente, psicologicamente e sexualmente por seus namorados e maridos e ninguém acha que o modelo de relacionamento está errado. Então porque outros modelos devem ser considerados errados porque supostamente casais se machucam emocionalmente? 

Simplesmente ame. Isso que importa. Você não precisa transar para ser feliz. Você também não precisa se conter quando quer transar para ter uma vida feliz. Você não precisa ter um namorado para ser feliz. Você também não precisa de vários namorados para ser feliz. Você não precisa se sentir culpada caso ame duas pessoas ao mesmo tempo, não precisa se sentir mal por diferenciar sexo de amor, e não precisa se sentir antiquada por só sentir atração sexual com pessoas que ama. Nós vivemos em uma sociedade cretina que nos limita o tempo todo, mas você não precisa se limitar. Você não precisa impor uma série de padrões a si mesma para se sentir adequada à norma. Simplesmente ama e se permita ser amada, e então você se sentirá melhor. 

Você só precisa se amar e é isso que importa, no fim das contas.




terça-feira, 17 de julho de 2012

Tipos irritantes das redes sociais

Sabe aquelas coisas que  você vê no facebook e sente falta de um botão de dislike? Ou aquela pessoa que você segue, que você amaria dar um 'Oi, para de postar essas merdas'' ? Aqueles posts que te deixam desgostosa com a vida? Bem, isso vive acontecendo comigo. Não falo de coisas irritantes como ''Reblog se você não tem um ornitorrinco de estimação'', ''Compartilhe se você ama Deus porque o facebook vai doar 10 mil dinheiros para  pôneis africanos'', ou os que mandam socilicitação de aplicativo pra seilaoquê. Até porque acho que as pessoas só fazem isso pra pentelhar, porque sabe que é chato pra caramba.  Mas padrões de comportamento irritantes que são repetidos com vigor e que você acaba achando que seu seu follower precisa de ajudinha psicológica? Aqui só vão algumas das coisas que me irritam bem brandamente. Lógico que tem outros tipos bem piores, mas eles inspiram outros posts. Aqui vão alguns tipos


O saudosista

''Hoje em dia, as menininhas engravidam com 15 anos'' ou ''Antigamente a mulher era mais respeitada, os homens eram mais cavalheiro e BLA, BLA, BLABLA''
PFFFFFF
Um pouquinho de noção de história e um parâmetro comparativo que não seja novela das 6, ou livros de romancistas seria legal.
Antigamente meninas tinham que CASAR com 15 anos, não havia nem muita probabilidade dela fazer outra coisa da vida. A coisa era casar, talvez trabalhar como costureira, algo do tipo, mas a prioridade seria casar, ter filhos e etc. E mulheres que ousassem querer fugir disso nunca seriam respeitadas. Até hoje as mulheres que vivem como querem, que fazem o que quer com seus corpos e  vidas, são julgadas, antigamente, nem se fala. Então eu me pergunto que tipo de respeito é esse que os saudosistas sempre falam, que só era dado a quem vivia conforme o que eles queriam. Atualmente as coisas estão bem melhores, temos uma relativa liberdade de viver como quereremos. Se você quer se comportar como uma dama do século XIX,
beleza, mas não me venha com um saudosismo bobo como se o seu direito de fazer isso tivesse sido violada, porque quem não tinha o direito de não fazer isso, hoje em dia tem.



O caçador de poser

Está sempre postando coisas pra mostrar que entende mais de tal estilo musica e sempre julga e discute com os demais pra mostrar o quanto eles são poser. Se você é assim, faz um favor: DEIXA DE SER IDIOTA.
Acho que o normal quando se falar de música, seria se as pessoas se unissem pra conversar sobre música, não pra ficar atacando um ao outro pra ver quem curte mais tal banda. Essa coisa de poser tá tornando o falar de música chato pra caramba.
Poser não é nem mais um pseudo-fan, é qualquer pessoa que diga que goste de tal banda, mas que curta também um estilo diferente dela. Eu olho os debates em páginas de rock do facebook e fico me perguntando se todo mundo ali tem 13 anos. Ou 5. Sabe aquela fase em que as crianças acham que feio é o pior  xingamento? Quando você perturba seu priminho de 5 anos e ele vira pra você e fala ''Seu..Seu.. Seu feio''? Então, me parece que falar ''Seu poser'' é o novo ''Seu feio'' desse pessoal. Decorar o wikipedia não dá atestado de fã a ninguém. Acho que amar sobretudo o trabalho do artista é que deveria contar. É legal saber tudo  sobre as banda que amamos? É, mas detalhes estúpidos se tornaram critério pra definir quem é fã ou não.
As vezes isso me parece uma resposta infantil ao fato de na internet podermos encontrar milhares de pessoas que gostam da mesma coisa que a gente.Tipo a pessoa passa a vida sendo a única pessoa que conhece, ou uma das únicas, a escutar tais bandas, aí vai em um fórum/ página e encontra milhares de pessoas com o mesmo gosto, e começa a atacar a veracidade do gosto alheio pra voltar a se sentir especial.  Isso é um saco.

Pessoas que ainda fazem piada com Restart,  Justin e afins

Pessoal, piadas assim estão mais velhas e sem graça que a do pintinho que não tinha ** foi peidar e explodiu. Acho que já há um consenso à respeito da qualidade ou falta de qualidade dessas coisas. Se há quem discorde desse consenso, bem, tem gosto pra tudo e ele é igual ao que o pintinho que foi peidar e explodiu não tem:cada um tem o seu.
E as piadas, se é que um dia já tiveram graça, já a perdeu na mesmice. Porque piadas com eles seguem sempre o mesmo padrão: dizem que são menininhas, viadinhos e todas essas babaquices homofóbicas.
Esse pessoal também tende a fazer comparações pra lá de estúpidas com o ''rock de verdade'', focando não na música, mas na ~masculinidade~ deles. Eu só fico me perguntando o que Fred Mercury,  Rob Halford Marilyn Manson, Renato Russo, Cazuza e etc pensariam disso. Porque sim, meus caros, o rock está cheio de viadinhos. Já é bastante estúpido desmerecer algo pela ''macheza'' de seus integrantes, principalmente ao se falar de algo que nunca foi lá muito hetero como o rock.
  Rob Halford, vocalista do Judas Priest e Halford, Gay

Acho  que meus feeds ficariam bem mais divertidos se não houvesse essa mania tão 2010 de zoar essas coisas.

O diferente


É um tipo mais estranho e WTF que irritante.

Todos sabemos que as redes sociais são   uma espécie de vitrine onde todos nós, mortais, nos exibimos. Quer queira, quer não, e geralmente queremos, sempre tentamos passar uma ou outra imagem. Mas esse tipo costuma apelar.Tentam indiretamente dizer que são os únicos a gostarem de tal banda, ou tipos raros,  que se valoriza porque não bebe, não vai a festas,  é virgem , fica enfurnada em casa, porque fazer o contrário é coisa de vadias. A ideia de muitos posts  como esse:
 é basicamente essa.
Ou postam coisas descrevendo coisas normais que qualquer um pode fazer  tranquilamente que terminam com um ''e não sou um menino'' Tipo, WTF?
Isso quando não postam coisas dizendo que meninos são assim, meninas são assado só com o intuito de dizer que é diferente. Eu realmente não entendo o porque de garotas repassarem ideias tão machistas de que mulheres são falsas, amizade de menino é melhor, mais verdadeira e blablabla. 
O intuito é dizer que elas são diferentes.  Mas poxa, se você é mulher, e mais 121212121 garotas que reblogaram  algo do gênero, são, então o que cê tá afirmando já deixou de fazer sentido há tempos.
Também tem o anti-tipo boazinha, que irrita bem menos, na verdade é risível, que costuma ser o de crianças de 13 anos falando de tomar vodka e viver loucamente. Tipo, LOL.


o FRIEDZONADO


Essa coisa de friendzone, que é o gostar de alguém sem ser correspondido virou um meme, que é basicamente o de um cara que se acha bastante legal e gosta de uma garota que só o vê como miguxete, e ele ao perceber isso sempre conclui que ela é uma vadia. A ideia  essencial das tirinhas que esse tipo extrai do 9Gag é basicamente essa. E elas passam sempre aquele velho conceito machista de que mulher gosta mesmo é de cafajeste. Nada de caras bonzinhos. Pior que esse tipo, vide os comentários assustadores e absurdos  que esse tipo de post recebe, realmente acredita que aos serem legais com uma garota ele deve ganhar automaticamente o direito de ser amado por elas. Tipo o ser legal com alguém, essa pessoa terá que querer meu corpo nu  em gratidão a isso? An?
E é bastante irônico que esse tipo se ache tão bonzinho, já que está tão cheio de segundas intenções com a ~~amiga~~.
E eu me refiro a garotos, porque o meme é para garotos. Você não vê garotas fazendo todo esse mimimi por estar na friendzone. Elas quando gostam de um cara que a vê só como amiga, costuma seilá, se trancar no quarto pra ouvir Taylor Swift, ou Kate Nash, não saem por aí xingando os garotos.


O coração partido

De todos, acho que é o mais irritante. Está sempre a chorar uma dor de cotovelo, fazendo com que seus feeds e dash virem um verdadeiro campo minado de indiretas e mimimis. Sempre com frases e textos entediantes falando de como ele não consegue superar um pé na bunda. Esperando secretamente, não risca isso, escancaradamente, que a pessoa que o machucou veja e se importe. A partir daí eu deixo de entender totalmente a lógica desse tipo:
A) Digamos que a pessoa se importe. E daí?Provavelmente toda sua dor incapacidade de superar o que quer que tenha acontecido, só vai inspirar pena. E na boa... é isso mesmo que você quer? Inspirar pena?
B)A pessoa esquarteja seu coração e tudo que você faz é compartilhar e reblogar coisas maníaco-depressivas dizendo o quanto está na pior?  Dignidade, cadê você?
Sim, eu sei que quanto mais você expressa o que sente em relação a algo, seja escrevendo ou falando, mais você elabora o seu sentimento em relação aquilo, e isso faz com que você se sinta melhor e tal, mas precisa se expor tanto? Tem que sair colocando tudo no facebook, tumblr, msn, twitter? Acho que sair postando em todas as redes sociais que você chora todas as noites por causa de um relacionamento que não deu certo não ajuda muito. O que vejo, é que a maioria das pessoas que fazem isso, se debruça sobre o passado  e fica reciclando a dor por meses a fio. Entram em um ciclo vicioso. Ficam ali todos os dias se deparando com frases e textos de pessoas na mesma situação, porque faz questão seguir coisas com tal conteúdo, e fica remoendo o passado, sofrendo várias vezes, pelos mesmos velhos motivos , sem conseguir sair daquilo. Pior que tudo isso é tão humilhante. Sair postando no facebook, tumblr, twitter toda sua dor de cotovelo é quase o equivalente ao deitar gritando e chorando na calçada do seu ex implorando pra voltar. É humilhante.E claro, irritante pra caramba pra seus followers e amigos.


Então pessoas, esses foram alguns tipos que eu acho irritante. Aposto que você também tem os seus, e adoraria que me contasse na caixinha de comentários.  O intuito do post não é bancar a Gloria Kalil, querendo estabelecer uma espécie de regra de etiqueta na internet, dizendo o que acho ~deselegante ~, felizmente todo mundo tem o direito de postar o que quer, e eu tenho o de achar a maioria das coisas panaquices e etc.
Espero que vocês acompanhem o blog,  divulguem, enviem comentários, e-mails, posts, chá gelado com coca-cola pra gente, 10% do seu salário e.... Tá, já tô pedindo demais. Bjos, e até a próxima.

domingo, 15 de julho de 2012

Sem açúcar, por favor.

Olá, querid@s!

Sou a Bárbara, e para começar o nosso chazinho de domingo, esse post não tem muito um tema definido, assim como o blog. Vou levar a ideia de um chá entre amigas ao pé da letra e apenas escrever um pouco sobre o que eu vivi até agora. E digamos que se eu fosse resumir a minha vida nesses últimos meses, ficaria basicamente entre a faculdade e uma outra coisa que não convém mencionar agora. Faculdade é uma palavra muito simples, é um conceito muito simples, mas significa muita coisa quando você de repente está nela. Bom, não tão de repente assim, no meu caso, já que fiz um ano de cursinho pra conseguir passar na FUVEST. E aqui estou: estudante de direito do Largo São Francisco.



Vamos lá, a sensação de passar naquele vestibular maldito pra entrar na universidade tanto desejada desde criança é maravilhosa, única, como a realização de um sonho deve ser. Naquele momento específico, em que nada mais importa além do grito de felicidade e o abraço dos seus pais orgulhosos, você é a pessoa mais importante do mundo. Você é, com o perdão da palavra, foda. E então chega o dia da matrícula, o primeiro dia de aula... E demora até cair a ficha de tudo. Acho que a minha só vai cair completamente no ano que vem, quando eu vir os meus calouros sorridentes na matrícula.
Sabem as festas? Então, não são tudo isso que parecem. Quero dizer, obviamente são muito boas, ainda mais pra quem acabou de sair de uma fase em que praticamente só estudava na vida. Mas também não é nada muito fora do comum e não acontecem toda semana. Até porque, quando você realmente está na faculdade, vários fatores começam a pesar, principalmente o tempo e o dinheiro. Isso, claro, quando leva o curso a sério e não quer sair gastando o dinheiro dos pais como um destrambelhado irresponsável. Aqui eu devo fazer uma observação: eu falo baseada no custo (alto) de vida em São Paulo, então para quem estuda em federais ou estaduais do interior ou de outros Estados, a coisa pode ser bem diferente. Mas a verdade, amig@s, é que se o vestibulando é azarado por natureza, o universitário é um ferrado. Ainda mais na semana de provas.
Morar sozinha também é aquela situação que parece muito mais legal na prática do que na teoria. Não estou morando realmente sozinha, já que tenho a companhia de mais três meninas no meu apartamento, mas ficar longe da família não é tão bom quanto parece. É melhor no quesito liberdade, poder sair sem necessariamente avisar os pais e tal, mas a saudade bate e é forte. São Paulo é sensacional, tem várias coisas para se fazer, mas não deixa de ser uma cidade um tantinho solitária e fria no inverno. Sempre chega aquele momento em que, sozinha, comendo uma lasanha daquelas congeladas e digitando o seu fichamento de constitucional, você descobre o verdadeiro significado de saudade.



Enfim, uma das coisas mais legais de toda a experiência é a sensação de descobrir um Mundo novo, cheio de novas possibilidades. Caminhar sozinha pela Paulista em um dia qualquer foi meio que um momento definitivo disso pra mim. Apesar de todos os pesares, estou vivendo a realização de um sonho. Algo que imaginava desde pequena, quando não sabia sequer diferenciar USP de FUVEST.
Em menos de seis meses, minha vida mudou absurdamente. E a faculdade tem muito a ver com isso, embora não seja nem de longe um motivo único. Gradativamente cresce aquele sentimento de ser responsável por mim mesma, de não ter mais onde ou em quem me segurar. Por enquanto em férias, estou naquela fase de balanço de tudo o que eu passei, sendo bem piegas, essa montanha russa de emoções. Eu continuo não sabendo como será o futuro, com há um ano, desesperada com o vestibular, mas cada vez crio mais coragem para encarar o inevitável da vida. Não sei se é crescimento pessoal, como devem dizer alguns livros de autoajuda, só sei que é mudança. No fim, a maior verdade da faculdade, seja ela qual for, é a mudança.

Tudo o que eu escrevi acabou ficando bem diarinho mesmo, mas eu ainda quero falar de uma forma mais aprofundada sobre tudo isso, e sobre o que eu não mencionei também. Só pra terminar esse post de uma maneira mais bonitinha, resolvi deixar uma música que me marcou muito nessas últimas semanas: O Vento, dos Los Hermanos. Nunca conheci muito da banda, mas ultimamente andei escutando umas músicas, e essa simplesmente se encaixou no momento da vida, sabem?
Espero que tenham gostado!
Beijos

sexta-feira, 13 de julho de 2012

I love rock and roll ♪

Olá! :D

Então, galerinha, eu sei que vocês já tão cansados disso e tal, mas welcome, welcome to the second edition of our blog! (tipo a Elizabeth Banks em Jogos Vorazes - desculpa se você não fica imitando quando ela fala na Colheita ou se você nem gosta de JV, tá). Bom, enfim, eu sou a Thais e o prazer é todo seu. ;)

O tema do post de hoje é o Rock!

Por quê? Porque hoje é Dia do Rock, meus caros. E não falar de rock é... sei lá, muita mancada, viu.

Não gosta? Muito bem, estou aqui pra isso.

Antes, uma pequena introdução:

~ Por que hoje é dia do rock? Não podia ser o Dia do Pop? ~

Hoje é o dia do rock porque, em 13 de julho de 1985, um cantor chamado Bob Gendolf reuniu algumas bandas e artistas de peso para um show que pretendia combater a fome na África. The Who, Led Zeppelin, Scorpions e Queen estavam entre os convidados - cara simples, né, gente. A Madonna também estava, mas enfim. Esse foi considerado o maior show de rock de todos os tempos, além de ter aberto os olhos das pessoas para a situação daquele continente. Então, o dia 13 de julho foi considerado o Dia Internacional do Rock. 

PS.: calma, gente! Todo mundo sabe que eu amo pop...

Explicado o motivo da data e, consequentemente, do post, vamos ao que eu preparei pra vocês.

5 LISTINHAS PRA GOSTAR DE ROCK

Não, não é uma lista de biografias e filmes chatos sobre as bandas. Vamos falar das coisas boas rock de um jeito moderno. Vamos lá:

1 - Livros

- "Confissões de Uma Banda" (1 e 2) de Nina Malkin: Um dos meus favoritos no mundo hahaha. Ele não fala muito do rock em si, mas dá pra ter uma noção de como é estar numa banda, além de que você se empolga tanto que acaba procurando as músicas e bandas citadas pra entrar mais no clima do livro - sim, porque eles não são uma bandinha adolescente que canta sobre alguém que partiu seu coração, mas rock clássico mesmo, tipo AC/DC. Sério... é demais. Entre na carona do 6X!



- "Dentro do Rock (O que eles pensam?)": Esse é muito legal também! Eu li faz algum tempo, por indicação da minha irmã, até porque ele é velhinho. O livro mostra algumas entrevistas do jornalista Bill Flanagan com alguns dos maiores artistas da história, tipo o Bono Vox, o Bob Dylan, o Mick Jagger, o Chuck Berry e vários outros, falando do processo de composição das músicas. 



2 - Filmes

- Escola de Rock. Esse todo mundo já viu, né? Pra quem não viu ainda, o filme conta a história de um rockeiro falido que vai dar aula em uma escola tradicional. Percebendo o talento musical dos seus alunos, monta uma banda com eles e o inscreve numa competição de música. A história é simples, mas o filme é super legal, primeiro porque o professor-músico é aquele ator muito engraçado, o Jack Black. Segundo que você acaba aprendendo sobre rock e dando risada ao mesmo tempo, além de ir se apegando aos personagens que enfrentam o descontentamento dos pais. 



- The Runaways: a história da banda que dá nome ao filme, do ponto de vista da Cherie Currie, vocalista da banda interpretada por Dakota Fanning. Mostra a carreira de sucesso de uma banda formada só de mulheres, suas brigas (principalmente da Cherie com a Joan Jett, interpretada pela Kristen Stewart, que posteriormente se consagraria em carreira solo) e a rápida queda. Alguns críticos podem até falar que não gostaram do filme, mas eu curti bastante. Por não conhecer muito a história delas, o filme me deu uma ideia geral. E até gostei da Kristen Stewart atuando, acho que a personagem caiu bem nela. E as músicas são muito boas! Procure por mais depois.
PS.: se você é do tipo reprimido(a), o filme tem algumas cenas fortes e pode ser bem constrangedor assistir com a mamãe hahaha



- Cazuza - O Tempo não Para: a vida de Agenor de Miranda Araújo Neto, conhecido como Cazuza, desde o início da carreira até sua época de Barão Vermelho, carreira solo e morte causada pela AIDS. Vale a pena porque as letras são muito inteligentes (quem nunca ouviu Cazuza, né?), as atuações tão muito boas (morri com o Daniel de Oliveira, igualzinho) e, bem, eu não fui da época dele, mas quem era fã mesmo se emocionou demais, ou seja... 



3 - Jogos

- Guitar Hero: quem nunca jogou Guitar Hero, né? Você sabe, aquele que você simula uma performance de rock com alguns instrumentos como a guitarra e a bateria, fabricados pelos videogames especialmente para o jogo. Pode ser com o controle também, porque tem que ser muito fera pra tocar com a guitarra, falo mesmo. Claro que não sou uma dessas. kkk Até você que não curte muito videogame vai gostar, porque é muito bom mesmo.
Ah, tem a versão pra Playstation 2 e XBOX também. 



Também tem o RockBand, Ultimate Band e Rock Revolution, mas todos seguem a mesma linha do Guitar Hero. 

4 - Estilo

Calma, não virou coisa de revista pré-adolescente, ok? É que o estilo dos rockeiros têm umas coisas super legais, não é mesmo? Digamos que um dia eu já usei lápis de olho vermelho, mas isso não vem ao caso - ao menos que você goste, né. Mas vamos lá com alguns desses itens:

- Camisa xadrez: típica dos grunges e atualmente quase o uniforme das bandas de rock. Nem precisa falar muito, né? São lindas. 



- Camisetas de banda: eu acho super legal e adoro cortar a gola haha fica mais legal quando você gosta da banda, óbvio.



- Jeans destruidinho: quem nunca picotou um short jeans?



- All Star: não podia faltar! Tá, ele foi criado pros jogadores de basquete. Mas logo se tornou um ícone para os punks, rockabillies, emos e vários estilos de rock. Até o Kurt Cobain usava All Star. 



5 - Programas de TV legais


- Provão MTV: batalha musical disputada por duas escolas. Cada uma delas tem uma banda, que ao longo do programa vão tocando covers e são várias provas legais, nas quais dá pra aprender bastante coisa. Segunda 20h na MTV.



- Baú do Rock: maratona de clipes dos clássicos do rock. Segunda, quarta e quinta-feira às 23h45 e terça-feira às 23h30 na MixTV.



- Esse Tal de Rock and Roll: série que conta a trajetória e tudo mais sobre o rock. Sábado às 21h45 na TV Cultura.



Bom, gente, é isso. Ufa. Até 31/7 e feliz dia do rock! ;*