domingo, 15 de julho de 2012

Sem açúcar, por favor.

Olá, querid@s!

Sou a Bárbara, e para começar o nosso chazinho de domingo, esse post não tem muito um tema definido, assim como o blog. Vou levar a ideia de um chá entre amigas ao pé da letra e apenas escrever um pouco sobre o que eu vivi até agora. E digamos que se eu fosse resumir a minha vida nesses últimos meses, ficaria basicamente entre a faculdade e uma outra coisa que não convém mencionar agora. Faculdade é uma palavra muito simples, é um conceito muito simples, mas significa muita coisa quando você de repente está nela. Bom, não tão de repente assim, no meu caso, já que fiz um ano de cursinho pra conseguir passar na FUVEST. E aqui estou: estudante de direito do Largo São Francisco.



Vamos lá, a sensação de passar naquele vestibular maldito pra entrar na universidade tanto desejada desde criança é maravilhosa, única, como a realização de um sonho deve ser. Naquele momento específico, em que nada mais importa além do grito de felicidade e o abraço dos seus pais orgulhosos, você é a pessoa mais importante do mundo. Você é, com o perdão da palavra, foda. E então chega o dia da matrícula, o primeiro dia de aula... E demora até cair a ficha de tudo. Acho que a minha só vai cair completamente no ano que vem, quando eu vir os meus calouros sorridentes na matrícula.
Sabem as festas? Então, não são tudo isso que parecem. Quero dizer, obviamente são muito boas, ainda mais pra quem acabou de sair de uma fase em que praticamente só estudava na vida. Mas também não é nada muito fora do comum e não acontecem toda semana. Até porque, quando você realmente está na faculdade, vários fatores começam a pesar, principalmente o tempo e o dinheiro. Isso, claro, quando leva o curso a sério e não quer sair gastando o dinheiro dos pais como um destrambelhado irresponsável. Aqui eu devo fazer uma observação: eu falo baseada no custo (alto) de vida em São Paulo, então para quem estuda em federais ou estaduais do interior ou de outros Estados, a coisa pode ser bem diferente. Mas a verdade, amig@s, é que se o vestibulando é azarado por natureza, o universitário é um ferrado. Ainda mais na semana de provas.
Morar sozinha também é aquela situação que parece muito mais legal na prática do que na teoria. Não estou morando realmente sozinha, já que tenho a companhia de mais três meninas no meu apartamento, mas ficar longe da família não é tão bom quanto parece. É melhor no quesito liberdade, poder sair sem necessariamente avisar os pais e tal, mas a saudade bate e é forte. São Paulo é sensacional, tem várias coisas para se fazer, mas não deixa de ser uma cidade um tantinho solitária e fria no inverno. Sempre chega aquele momento em que, sozinha, comendo uma lasanha daquelas congeladas e digitando o seu fichamento de constitucional, você descobre o verdadeiro significado de saudade.



Enfim, uma das coisas mais legais de toda a experiência é a sensação de descobrir um Mundo novo, cheio de novas possibilidades. Caminhar sozinha pela Paulista em um dia qualquer foi meio que um momento definitivo disso pra mim. Apesar de todos os pesares, estou vivendo a realização de um sonho. Algo que imaginava desde pequena, quando não sabia sequer diferenciar USP de FUVEST.
Em menos de seis meses, minha vida mudou absurdamente. E a faculdade tem muito a ver com isso, embora não seja nem de longe um motivo único. Gradativamente cresce aquele sentimento de ser responsável por mim mesma, de não ter mais onde ou em quem me segurar. Por enquanto em férias, estou naquela fase de balanço de tudo o que eu passei, sendo bem piegas, essa montanha russa de emoções. Eu continuo não sabendo como será o futuro, com há um ano, desesperada com o vestibular, mas cada vez crio mais coragem para encarar o inevitável da vida. Não sei se é crescimento pessoal, como devem dizer alguns livros de autoajuda, só sei que é mudança. No fim, a maior verdade da faculdade, seja ela qual for, é a mudança.

Tudo o que eu escrevi acabou ficando bem diarinho mesmo, mas eu ainda quero falar de uma forma mais aprofundada sobre tudo isso, e sobre o que eu não mencionei também. Só pra terminar esse post de uma maneira mais bonitinha, resolvi deixar uma música que me marcou muito nessas últimas semanas: O Vento, dos Los Hermanos. Nunca conheci muito da banda, mas ultimamente andei escutando umas músicas, e essa simplesmente se encaixou no momento da vida, sabem?
Espero que tenham gostado!
Beijos

14 comentários:

  1. Amei, Barbie! Muito bacana perceber como a vida muda em pouco tempo, não é? Me identifiquei bem com a parte do morar "sozinha" (aspas porque não moro nem um pouco sozinha, mas mesmo assim moro sem meus pais). Se bem que quero mesmo ir morar SOZINHA.
    Enfim, eu gostei do post. :)
    Beeeijos

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  2. Ai, Barbie. Esse post foi tão gostoso de ler. ♥

    Sabe quando a gente sente (quase) exatamente o que a pessoa quis dizer? Então. Foi isso. Eu me senti você enquanto lia e também gostei muito, porque sensação igual acho que nunca terei na vida. Pretendo morar fora do país um dia e vai ser bastante parecido, mas com mais idade. Você saiu da sua cidade e foi pra "capital" do Brasil, eu vou fazer faculdade aqui no Rio, num bairro bem próximo de mim, provavelmente. Então foi super... contraditório o que esse texto me fez sentir. (que confuusão :3)



    Ah, não faço ideia da diferença entre USP e FUVEST, ok?? Não sou obrigada. HASUYHASUASH

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  3. Que bom que vocês gostaram, meninas ♥
    Blanca, eu ainda vou te convencer a fazer São Francisco! E a diferença entre usp e fuvest é que a usp é a universidade mesmo, a fuvest é só o vestibular que seleciona os alunos. (Na verdade, a fuvest é uma fundação que realiza diversas provas do tipo, mas o vestibular da usp é o mais importante e tal)

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  4. Amei!
    quero fazer direito tb :)

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  5. ai... que lindo cara snif snif (faz o negão ex-participante da fazenda o qual eu esqueci o nome)

    nossa, ficou muito legal. tirando a inveja de você ter ido pra usp, é claro hahahah mas uma inveja boa, né, claro. e se eu fizer direito e, claro, passar na são francisco, você vai ser minha veterana, mas poupe meu rosto, ok? e nada de cortar o cabelo e essas coisas, senão vai ter treta. u_u

    maaaaas vc também pode ter inveja de mim, porque eu ando na paulista desde sempre u_u sozinha não foi há tanto tempo assim, mas enfim.

    então adorei o post, bjs

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  6. Oi Bárbara! Adorei o post! Eu estou que nem a Blanca, senti exatamente o que você quis dizer apesar de não ser realmente o que eu estou sentindo no momento?? Enfim. Vou fazer direito também, mas vou fazer aqui na UFMG mesmo, eu não teria condições de viver em outro estado agora... Como está sendo o curso? Está gostando? E sobre morar sozinha... Eu sou louca para fazer isso, mas não ia dar muito certo?!? Eu gosto muito da minha companhia, sou preguiçosa, e minha noção de tempo é diferente da das outras pessoas, então eu ficaria dias e dias comigo fazendo só as coisas necessárias para sobrevivência (como ler livros, ver séries e filmes e comer) e me esqueceria do resto do mundo sem querer até que um dia eu acordaria, de cabelos brancos e um corpo mais sedentário do que o atual...

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  7. Acho que vou descobrir semestre que vem... Passei em medicina e apesar de ir para uma cidade menor que a minha, está batendo um medinho... Eu sempre falava que queria sair de casa logo, mas agora procurando lugar para morar e vendo que é daqui há 2 semanas, realmente assusta.
    Amei o blog, vou tirar um dia inteiro para ler ele e vou acompanhar sempre - se eu não me engano, algumas autoras são as mesmas do Descapricho né? Senti falta de vocês :)

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    1. Sim, Dani, somos o ex-Descapricho hahaha
      E se quer um conselho: VÁ CURSAR! Meu Deus, Medicina, eu to fazendo cursinho e quero prestar Medicina e uma coisa que eu digo é: pelo meu sonho e esforço, eu ia até pro ACRE se tivesse! Sério, e cidade pequena é um amor s2 Sei que deve assustar, mas é um passo super importante na maturidade, mesmo, e digo isso porque vim morar na capital do estado quando tinha 13 aninhos (own) e, mesmo não morando sozinha, tive que me virar pra fazer muita coisa sozinha sabe. E hoje, realmente, só agradeço, porque vejo minha irmã, por exemplo, que veio mais velha e não se desenrolou tanto..

      Enfim, sou suspeita pra falar, mas meu Deus, curse (OU ME DÊ SUA VAGA BJS)kkk
      Beeijos e obrigada pelo carinho hahaha

      -Naty

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    2. Depois de 2 anos e meio de cursinho, de forma alguma deixaria de ir, mesmo sendo particular, hahaha. Eu conheci uma garota que foi fazer na federal do Amazonas, acho. Estou empolgada mesmo, medicina sempre foi meu sonho, é até dificil de acreditar que ta mesmo acontecendo :D

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    3. Meu Deus, eu fico até arrepiada. rs Tô nem aí se é particular??? Quero ver quando tá com parente morrendo na UTI pára pra perguntar 'pera, o médico de plantão se formou em federal ou particular???' u.u

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    4. hahaha, verdade, é que tem muita gente que acha ruim e tal, mas é justamente isso que eu penso. Essa semana sai o resultado de uma aqui da minha cidade (e to torcendo para passar nela também).
      Boa sorte para você, ta há quanto tempo no cursinho?

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    5. Terminei o EM ano passado e comecei esse ano no cursinho, só. Mas já tô de saco cheio (rs). Sei lá. Boa sorte também! <3

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    6. Eu fiz um ano junto com o terceiro (não recomendo haha), ano passado e meio semestre esse ano. Enfim, acabei de ficar sabendo que passei em 10 LUGAR em medicina aqui na minha cidade, então nem vou mais me mudar. enfim que se importa, to morrendo de felicidade :D

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    7. Nossaaaaa, parabénssss!! Muito bom mesmo, só por essa saga de tempo em cursinho já dá pra perceber o quanto você se esforçou por essa vaga, parabéns mesmo! :)

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