domingo, 12 de agosto de 2012

Reflexões de um Dia Alface

Olá olá!
Esse post é mais uma reflexão do que um momento vamos-te-dar-uma-lição, mas sei lá, talvez tenha uma lição no final de tudo isso. Acho que eu devia começar a escrever fábulas, já que depois de tudo que eu falo tem uma ~moral~.
De qualquer maneira, você já pensou que nunca foi e nunca será outra pessoa além de você mesmo? Sei lá, isso é meio óbvio mas eu acho que ninguém percebe o quanto isso tudo significa.
É que assim, meio que passamos a vida toda tentando validar as coisas de acordo com os outros. A maneira que devemos nos sentir a respeito das coisas, o que devemos esperar e como devemos agir. Tudo isso, a gente baseia nas outras pessoas. Afinal de contas, elas que vêem como você é e elas que vivem num mundo com você nele. Mas a verdade é que, se você pensar de certa maneira, as coisas não são bem assim. Ok, as pessoas te vêem no mundo, mas elas estão aqui como você. Ninguém sabe como ninguém deveria se sentir e ninguém pode te dizer como agir, porque ninguém (que eu saiba) tem o manual de instruções da vida. E é meio aliviante saber que todo mundo está igualmente perdido, porque daí se ninguém sabe o caminho ou pra onde estamos indo, ninguém está efetivamente perdido. Porque se você não sabe pra onde você está indo, que diferença faz o caminho que vai tomar?

"If you don't know where you're going any road will get you there."

E você pode sentir as coisas da maneira que você quiser, e fazer as coisas que você quer e ser quem você quiser. Você pode ter as qualidades que você quer e os defeitos que você tem porque no final das contas isso só é parte de quem você é. Eu sempre achei legal essas pessoas que tipo admitem os defeitos e as opiniões e saem por aí vivendo livremente afinal de contas elas não têm que provar nada pra ninguém. Ninguém tem que provar nada pra ninguém, e seria interessante que eu pudesse mostrar isso pra mim mesma.
Porque não tem problema ser vulnerável. Não tem problema ter defeitos. Não tem problema se magoar. São coisas que acontecem. São coisas que fazem de você quem você é. Não tem problema falhar. Melhor falhar do que não tentar, não é mesmo? Porque de certa forma, não tentar já é falhar. Eu sei que não parece isso. Porque não tentar às vezes é a mesma coisa que tentar depois. Mas o depois acaba virando um nunca, então por que não transformar o nunca num agora?
Por que ter medo das coisas? Porque a verdade é que o medo vai estar ali, até o momento em que você vai simplesmente enfrentá-lo. E as pessoas tem medo do medo o que se você for pensar bem é uma coisa bem ridícula mas no fundo todo mundo é meio ridículo. Todo mundo faz um monte de coisa que se você chegar e olhar bem é o tipo de coisa que não faz sentido nenhum.
Não precisa ter medo de sentir as coisas, porque as coisas boas só existem quando existem as ruins. Você não pode sentir amor mas não sentir saudade, por exemplo. Você não pode sentir felicidade sem mágoa. E talvez a vida seja assim, como uma grande balança. Em que ou você não coloca nada, ou você coloca coisas, boas e ruins, e chega ao equilíbrio. Porque é assim que são as coisas. Nada é muito certo, mas não dá pra esperar por certezas. Temos os talvezes e isso deveria ser o suficiente. Porque no final das contas nada disso importa mesmo, e essa é uma coisa boa, por mais que todo mundo ache que não. Ela te dá liberdade. Cabe a você aceitá-la.
E eu não sei porque hoje é um Dia Alface. Talvez todos os dias sejam Dias Alfaces, e talvez não existam alfaces. Talvez as alfaces sejam dias e nós sejamos pequenas partes da alface mas tanto faz, eu não gosto de alface mesmo.

Beijos e queijos e alfaces, queridos! <3

2 comentários:

  1. Muito bom seu post! :) Você sempre escreve sobre as coisas importantes da vida que o restante das pessoas não percebe! Parabéns ;)

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  2. Você definitivamente deveria escrever fábulas! Suas ideias são ótimas!
    Eu queria que algumas pessoas entendessem isso:
    "E é meio aliviante saber que todo mundo está igualmente perdido, porque daí se ninguém sabe o caminho ou pra onde estamos indo, ninguém está efetivamente perdido. Porque se você não sabe pra onde você está indo, que diferença faz o caminho que vai tomar?"
    E agora toda vez que alguém quiser palpitar sobre minha vida bla bla faz isso que é melhor, vou dizer: "Você tem o manual de instruções da vida? Não? Então cala a boca".
    Adorei!
    "E talvez a vida seja assim, como uma grande balança. Em que ou você não coloca nada, ou você coloca coisas, boas e ruins, e chega ao equilíbrio."

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