sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sobre o que eu queria entender


Olá!
É uma hora da manhã de uma quinta-feira, sendo que amanhã (hoje, na verdade) eu tenho que acordar às 6:00. Sintam o drama. Pois é, sabem aquele gráfico com intersecções que rola de vez em quando no facebook sobre a vida de universitário? Ele é absolutamente real, e atualmente eu tenho me configurado como uma espécie de zumbi. Gente, não tem jeito, as aulas começaram semana passada e só pra esses últimos dias eu tive que ler um bolinho de textos, arrumar minha casa, comprar coisas, e sofrer com o fim de férias. E ainda está rolando a semana do XI, porque né, dia XI de Agosto é aniversário da São Francisco de 185 anos, e vários eventos legais estão acontecendo por lá. Alguém me empresta um vira-tempo, por favor? Como vocês podem ver, pela minha falta de organização eu estou agora muito ferrada. Uma zumbi, como havia dito.
Mas enfim, depois de toda essa introdução inútil, vamos ao assunto do post propriamente dito. Hoje eu estava dando uma olhada em um grupo de facebook, e uma garota fez uma pergunta interessante: qual é a visão de vocês sobre a fé? Consideram-se ateus, religiosos, agnósticos, ou qualquer outra coisa?
E essa pergunta me fez pensar novamente em uma coisa que me faz viajar muito às vezes. Não, eu não quero falar sobre religião, sobre tolerância, e toda essa coisa que estamos cansados de ver. Mas sabem aquela conversa que toda tia de catequese fala que devemos ter com Deus? Então, esse post é basicamente fruto de todas essas “conversas” (todas deitada na cama antes de dormir) que eu já tive até agora. Ou, melhor dizendo, é fruto das minhas brisadas mesmo.
Eu sempre fui muito questionadora nesse sentido, e ainda mais depois de alguns acontecimentos recentes na minha família, mas nunca cheguei a me afirmar ateia, até porque outros acontecimentos familiares me levam a ter uma espiritualidade muito forte. Quando eu era pequena, eu tinha medo de Deus, e o imaginava como sendo um velhinho de barba branca, sentado em frente a uma grande tela, regulando nossas vidas como se fizéssemos parte de algum tipo de the sims... Sabem, essa minha visão de infância reflete justamente o que somos levados a acreditar: Deus, homem, regulador de todas as suas atitudes, senhor do universo, mas ainda assim benevolente, e te absolve de todos os seus pecados.
Algo nessa perspectiva, quando eu passei a entender melhor o Mundo, passou a me incomodar. Esse é mesmo Deus? Porque, se for, a ideia geral não soa como a de um ditador? E, gente, antes que me taquem pedras, eu estou apenas questionando o conceito divino amplamente divulgado pelas igrejas cristãs. Troquem o nome de Deus por o de algum cidadão comum. Caso vocês olhassem essa descrição em um livro qualquer, não associariam a regimes autoritários? Então, esse é o meu ponto. Gente, investigar quem chegou à conclusão e que Deus era isso não é tão difícil quando se analisa um pouco de história. E então eu passei a desacreditar nessa versão tradicional, mas também não consigo deixar de acreditar na existência de alguma coisa que dê sentido a todo esse universo.
Porque é tudo tão perfeito, que eu não consigo aceitar a ideia de sermos apenas seres compostos de substâncias químicas e regulados pelas leis da física. E não só por isso, mas os meus motivos pessoais não vêm ao caso agora. E então eu meio que entendo o porquê de terem criado religiões. O mero imaginar de não haver nada além desse mundo em que vivemos é assustador, porque, no fundo, esse universo é assustador demais. E apenas pensar em acreditar nisso já me traz um vazio existencial muito grande. Eu sei, eu estou pirando na batatinha agora.
Mas essa é uma pergunta que eu tenho para os ateus em geral: acreditar apenas nesse mundo físico não dá vontade de largar tudo pro alto e sair em uma jornada como o Christopher McCandless faz em Into The wild? Porque, se eu já tenho vontade de fazer isso mesmo acreditando em alguma coisa não identificada, imagino que se eu pensasse que somos apenas carne e osso nunca conseguiria ficar até às duas da manhã lendo um texto pra monitoria de constitucional do dia seguinte, por exemplo.



Perder a minha mãe para uma doença grave esse ano me fez perceber o quanto o nosso tempo é curto, e o quanto precisamos aproveitá-lo ao máximo. É o clichê do Carpe Diem mesmo, que apareceu em uma das minhas epifanias depois do que aconteceu. Nós somos minúsculos diante do universo, e pensar nisso me leva a questionar se toda a sociedade moderna não é uma grande perda de tempo do ser humano. Quero dizer, se nós não somos quase nada, então por que se preocupar com a situação econômica dos Estados Unidos?
Meu post não tem uma conclusão, porque isso tudo são apenas questionamentos que eu me faço constantemente, de uma maneira bem superficial mesmo, e eu acharia legal se vocês respondessem com as suas visões sobre a vida, a morte, o mundo. Não acreditar em nada específico acaba me dando liberdade para agregar coisas de algumas religiões que eu me identifico. Mas acho que o fundamental de todas elas é justamente esse lidar com a morte, ou buscar uma justificação para o motivo da nossa existência... E, sendo sincera, acho os ateus extremamente corajosos por toda essa sensação assustadora que eu já mencionei acima. Ah, ainda não revisei o post porque estou meio com pressa, então relevem possíveis erros gramaticais ou frases sem sentido. Se é que alguma coisa disso que eu escrevi tem algum sentido. Enfim.

Beijos e bom final de semana!

ps: um dia ainda farei filosofia ou psicologia só para brisar com mais propriedade intelectual  hahaha
ps2: Eu fui dormir às 2:00 e só consegui acordar mesmo às 6:30. Resultado: perdi a monitoria de constitucional. 
ps3: Onde é que mora a amizade? Onde é que mora a alegria? No Largo de são Francisco, na Velha Academia! Parabéns sanfran maravilhosa pelos 185 anos ♥

3 comentários:

  1. Eu acho que penso mais ou menos como você. Eu sei que tem tanta coisa horrivel no mundo que é dificil pensar que o Deus tradicional realmente existe, daquela maneira. Mas eu estava numa aula de neuroanatomia essa semana e a perfeição é tanta, que não consigo aceitar de maneira alguma que isso surgiu ao acaso. Acabo tendo minha própria visão sobre a religião - e ainda tenho vários motivos pessoais para acreditar.
    Sim, acho que os ateus são corajosos por "aceitar" que a vida é só isso e nada mais. Mas se para alguns isso é uma visão libertadora, para mim seria uma visão destruidora. Eu preciso de sentido para as coisas.
    E sim, as vezes paro e penso: a sociedade humana é uma grande bobagem. Somos todos tontos, andando por ai preocupados com milhões de coisas sem sentindo algum.

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    1. Essas coisas perfeitas, como o funcionamento do nosso corpo, e uma das coisas que nunca me farão perder a fe em uma criador. Sabe a teoria do relojoeiro? Você encontra um relógio, e pode dizer que alguém fez, aí você encontra uma pedra e fica a coisa 'por que não posso afirmar que alguém fez'?
      Eu vejo as coisas assim, acho que tudo que existe foi arquitetado por alguém e

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  2. eu passei a desacreditar nessa versão tradicional, mas também não consigo deixar de acreditar na existência de alguma coisa que dê sentido a todo esse universo++
    Engraçado que eu tava conversando sobre isso com um amigo meu que é ateu anteontem. Aí eu perguntei como era a sensação de não ter fé em um dels e tal, e aí ele fez o maior suspense, do tipo 'SABE O QUE ACONTECE QUANDO VIRA ATEU?' (BIS) 'Nada' q
    E acho que é isso mesmo que acontece, nos que temos fé em algo, fazemos isso se torna uma espécie de estrutura básica pra toda nossa visão de mundo, e não vemos direito outra, mas acho quem se não tem, acaba tendo outra visão e isso acaba sendo normal e

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